II Sigema encerra com anuncio dos novos produtos regionais que terão Indicação Geográfica
Entre os que já deram entrada no processo estão o Açaí do Pará, o mel de São João de Pirabas e A Marca Coletiva Bombons Finos da Amazônia
Com o anúncio dos novos produtos que em breve deverão conquistar o reconhecimento para a obtenção da Indicação Geográfica, foi encerrada no início da tarde deste sábado, 8, o II Seminário Internacional de Indicação Geográfica e Marcas Coletivas no Centro Cultural Sesc Ver-o-Peso. Entre os que já deram entrada no processo estão o Açaí do Pará, o mel de São João de Pirabas e A Marca Coletiva Bombons Finos da Amazônia. O seminário iniciou na última quinta-feira, 6, também com a exposição e feira no espaço Boulevard da Gastronomia.
Conforme a coordenadora do Fórum Técnico de Indicações Geográficas e Marcas Coletivas, Márcia Tagore, outras potencialidades para o reconhecimento de IG no Pará são o cacau da Transamazônica, do Tuerê (Novo Repartimento) e de Mocajuba.
Quanto ao açaí, o reconhecimento foi reivindicado pela Associação Amaçaí, presidida pelo chef e comerciante, Nazareno Alves, do Point do Açaí, que foi um dos apoiadores do II Sigema. Ele falou que essa IG há muito tempo era esperada. "Para nós, paraenses, a IG do açaí tem uma importância muito grande e nada mais justo que esse reconhecimento com a obtenção da IG", disse.
Outro a se pronunciar na cerimônia de encerramento foi o chefe e chocolateiro Fábio Sicília. Ele disse que a Gaudens orienta as empreendedoras de bombons e acompanha o desempenho e desenvolvimento delas e viu a necessidade de investir no conhecimento para a verticalização do chocolate.
As potencialidades já demandadas, também, segundo Marcia Tagore foram Indicações Geográficas do abacaxi(Floresta do Araguaia e Salvaterra) e Marcas Coletivas demandas como a farinha de tapioca de Americano (Santa Izabel do Pará), Marcas Coletivas de moda marajoara, seringueira e indígena e das trabalhadoras rurais de Santarém.
A coordenadora do Fórum IG explicou que, quem quiser entrar com a demanda para a obtenção da IG e MC, o primeiro passo é a demanda ser feita via Organização Social.
“ Um grupo, uma associação, uma cooperativa, uma federação, devem encaminhar um ofício para a Secretaria de Agricultura do município ou para a Sedap (com cópia para o setor de Indicação Geográfica). O demandante entra numa listagem de espera”.
Balanço-Para o diretor de agropecuária da Sedap, Dvandro Oliveira, o Sigema foi um grande aprendizado e troca de experiência entre a academia, os produtores, estudantes.
“Foi uma movimentação completa entre o Governo do Estado com as organizações não governamentais com resultados positivos, evento integrado com os servidores da Sedap, só temos a agradecer”, disse.
Durante o último dia de programação, foram realizadas rodas de conversas, um minicurso de meliponicultura e experiências de ensino e gestão.
O público pôde conhecer um pouco da cultura do mel, em especial, um panorama das abelhas sem ferrão. No final, os participantes degustaram os cinco diferentes tipos de mel produzidos no estado, além de visualizarem as colmeias nas caixas próprias para a produção.