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Instituto Confúcio, na Uepa, promove Festival do Barco do Dragão no campus do Telégrafo

Evento gratuito começa às 15h30, de sexta-feira (7), no Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE) da Universidade, com danças, poemas e músicas

Por Guaciara Freitas (UEPA)
06/06/2024 12h09

Na próxima sexta-feira, 7 de junho, o Instituto Confúcio, na Universidade do Estado do Pará (Uepa), apresenta o Festival do Barco do Dragão, Duānwǔ Jié, com entrada aberta ao público, a partir das 15h30, no Centro de Ciências Sociais e Educação (CCSE) da Uepa.

As apresentações prometem encantar os visitantes com a beleza das danças, poemas, músicas, artes marciais e outras atrações que fazem parte do evento, considerado Patrimônio Cultural Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), desde 2009.

O Duānwǔ Jié é uma comemoração que acontece há mais de um milênio no quinto dia do quinto mês do calendário lunar, que no ocidente fica entre os meses de maio e junho.  As origens do festival remontam à história de Qu Yuan, cadete do exército do reino de de Chu. Segundo as narrativas tradicionais da China, o guerreiro foi exilado sob acusação de traição e durante o exílio escreveu vários poemas patrióticos, que expressavam sua visão e seu amor pela China. Foram esses poemas que fizeram com que ele se tornasse um dos maiores nomes da poesia chinesa.

Uma das versões mais populares para a tradição do Barco do Dragão, afirma que no ano de 278 a.C, Qu Yuan se afogou, intencionalmente, no rio rio Miluo, no quinto dia do quinto mês lunar, após saber que o Reino de Chu, onde nasceu e serviu, tinha sido invadido pelo rival, o Reino de Qin. Diz a lenda, que os moradores locais passaram a buscar o corpo dele no rio, mas nunca o encontraram. Assim, começaram a remar seus barcos ao longo do Miluo, batendo tambores para afugentar os maus espíritos e jogando pedaços de arroz glutinoso, para os peixes comerem, ao invés de se alimentarem do corpo não encontrado de Qu Yuan.

Como parte das iniciativas de trazer um pouco da cultura chinesa ao conhecimento da população paraense, o Instituto Confúcio e a Uepa fazem, em Belém, uma programação alusiva a esse festival, considerado belo tanto pelos elementos visuais que expõe, como pelos valores que evoca: honra, amor, virtude e lealdade.

Na China, essa comemoração, que em 2008 se tornou um feriado de três dias, inclui as competições de barco dragão, em memória a essa busca nas águas do rio e durante as corridas, equipes remam em sintonia ao som de um tambor. 

O diretor brasileiro do Instituto Confúcio na Uepa, Antônio Silva, tem participado da organização da programação juntamente com a diretora chinesa Sun Jing e os professores Dai Yuxin, Fang Jingyi, Shang Ying, Wang Xiao, Ye Fangyu e Yin Yue. 

Como brasileiro e paraense, Antônio percebe muita semelhança desse festival com algumas celebrações realizadas na Amazônia, em que o barco tem um papel importante. “Podemos citar o Círio de Nazaré, no qual uma das romarias é o Círio fluvial, em que inúmeros barcos participam. O festival do Barco-Dragão é para pedir e receber saúde, boa sorte, ter o alimento diário, entre outros diferentes pedidos. Essa é mais uma semelhança das procissões de barco na Amazônia, em que os pedidos são semelhantes”. Na avaliação dele, apesar da distância geográfica, a cultura brasileira, principalmente, a cultura paraense possui semelhanças com a cultura chinesa, capazes de aproximar mais os dois povos.

Barcos, comida e proteção

As tradições de comemoração do festival, além da corrida de barco-dragão, atualmente envolvem comer um bolinho de arroz, o zongzi, envolto em folhas de bambu, e pendurar sachês coloridos e perfumados, feitos à mão, contendo ervas com propriedades inseticidas e antifúngicas, como a artemísia chinesa e o calamus, pois acredita-se que são capazes de afastar energias negativas e doenças.

Barcos-dragão são embarcações em que um grupo de remadores navega em sincronia e geralmente são feitos de madeira ou fibra de vidro. Um barco dragão é longo e estreito, com uma cabeça decorativa de dragão chinês, cauda e escamas impressas no casco. 

Serviço

Data: 7 de junho de 2024 (sexta-feira)
Horário: 15h30
Local: Auditório Paulo Freire, Centro de Ciências Sociais e Educação – CCSE da Uepa.
Endereço: travessa Djalma Dutra, no bairro do Telégrafo, em Belém.
Público: Aberto para todos os interessados em conhecer sobre a cultura chinesa.
Apresentações: dança do dragão e artes marciais, coral do Instituto Confúcio, dança clássica, performance da canção chinesa Por causa do amor, apresentação coletiva dos professores do Instituto Confúcio.