Submarino apreendido em Vigia é transportado para Belém
A Polícia Civil removeu, nesta segunda-feira, 21, o submarino que foi apreendido no último dia 15 no município de Vigia, no nordeste paraense. A embarcação, que estava sendo construída às margens de um igarapé na região do Furo da Laura, no rio Guajará-Miri, seria utilizada para transportar grandes quantidades de droga em um esquema de tráfico internacional de entorpecentes. Após ser retirada do igarapé por policiais da Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE), da Divisão de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) e da Delegacia de Polícia Fluvial (DPFlu), no dia 17, a embarcação foi levada inicialmente ao cais da localidade de Porto Salvo, zona rural de Vigia, de onde foi conduzida até a Vila de Penhalonga, no dia seguinte.
No final da tarde desta segunda-feira, 22, após a retirada de parte do óleo e de garrafões de água que estavam a bordo, o submarino foi conduzido de Vigia à base do Grupamento Fluvial de Segurança Pública (GFlu), localizada na rodovia Arthur Bernardes, em Belém. A operação de remoção foi feita com apoio de uma lancha do Corpo de Bombeiros. Por volta das duas da madrugada, após cinco horas de viagem, o submergível chegou ao porto do GFlu por volta das duas horas da madrugada.
O submarino, que tem cerca de 17 metros de comprimento, três de altura por três de diâmetro, foi projetado para transportar aproximadamente 20 toneladas de carga e comporta uma tripulação de até 30 pessoas. A embarcação vai passar por uma segunda perícia criminal e depois ficará retida à disposição da Justiça.
A apreensão, inédita na região Amazônica, foi feita por uma equipe da Polícia Civil enviada ao município de Vigia após denúncias anônimas feitas à Delegacia Geral e reforçadas pelo Disque Denúncia, de que uma embarcação estava sendo construída em um braço de rio localizado na região do Guajará-Miri. As suspeitas são de que a confecção do emissário estava sendo financiada por colombianos ligados a um esquema internacional de tráfico de cocaína. A Polícia Civil, por meio da Delegacia de Repressão a Entorpecentes, já investiga o crime.
Ainda segundo as informações colhidas, o submarino seria usado no escoamento de grandes quantidades de drogas para fora do país, possivelmente, com destino aos Estados Unidos e ao continente europeu. Diante da informação, no dia 15 deste mês um grupo de policiais civis, sob coordenação dos delegados Hennison Jacob, da DRE, e Arthur Braga, da DPFlu, foi deslocado para a região a fim de apurar as denúncias. No local onde foi encontrado o submergível havia ainda um estaleiro e um alojamento, indicando que o local servia como base de operações da organização criminosa, formada por menos 15 pessoas. As investigações apontam também que o grupo estava instalado no local desde o mês de setembro.