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Santa Casa garante atendimento para grávidas com suspeita de zika vírus

Por Redação - Agência PA (SECOM)
29/12/2015 17h18

A Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará continua mantendo atenção especial para o atendimento de gestantes com suspeita de contrair o zika vírus, que dependendo do caso, pode causar sequelas na formação dos fetos, sendo a principal delas a microcefalia.

A Santa Casa é o hospital de referência no Estado para o tratamento de gestações de risco. As grávidas com suspeita de zika vírus, dengue ou demais doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, são encaminhadas à Santa Casa pelos postos de saúde e a partir daí são iniciadas uma série de testes para saber se a paciente possui a doença e como ela pode ou não afetar o bebê.

Existem duas assistências para gestante de alto risco na instituição: a assistência pré-natal, para fazer o rastreamento do diagnóstico e acompanhamento da microcefalia, e a assistência ao parto, voltada para que o parto seja feito na instituição com todo o cuidado diferenciado que ela necessita.

“A partir da suspeita a gente faz os exames laboratoriais específicos, pois a Santa Casa possui condições de firmar este diagnóstico e fazer o acompanhamento adequado, assim como a URE Materno Infantil. Este acompanhamento é necessário para garantir a saúde da mãe e do bebê em caso da confirmação da doença”, afirma o médico obstetra da Santa Casa, Jorge Vaz, responsável pelo setor de gravidez de alto risco.

De acordo com o médico, a microcefalia é um resultado da contaminação do bebê pelo vírus, porém, nem todos os casos de mães infectadas pelo zika afetam os filhos. É preciso acompanhar desde as primeiras suspeitas.

“O zika é uma doença silenciosa e, muitas vezes, as mães só sabem que o bebê possui microcefalia quando fazem o ultrassom. Por isso a importância do acompanhamento do pré-natal. Existem graus de microcefalia que podem ser fatais ou não”, explica o médico.

Michele Alessandra Pinto Rosa, 27 anos, está na quarta gestação. Ela é moradora do distrito de Outeiro e faz o acompanhamento na Santa Casa para a atual gravidez, considerada de risco.

“O meu primeiro filho foi tratado aqui e agora estou de volta. Acho muito bom o tratamento que a gente recebe e os médicos têm falado bastante sobre a prevenção do zika vírus para as grávidas. Temos que tomar diversos cuidados para proteger os nossos bebês e acredito que todo esse cuidado vai valer a pena”, diz Michele que já está no sétimo mês de gestação.

Além do zika vírus, outros fatores podem causar a microcefalia. De acordo com o médico, até mesmo o uso de repelentes incorretos ocasionam alterações na formação do feto. “As grávidas recebem diversas orientações durante a gestação, principalmente sobre o uso e consumo de diversos produtos como bebidas alcoólicas, cigarro, tintura de cabelo e repelentes. Existem repelentes específicos para elas e devem ser utilizados conforme a orientação médica”, explica o profissional.

Sintomas - A zika é uma doença causada por um vírus transmitido pelo mosquito Aedes aegypti, o mesmo causador da dengue e febre chikungunya. O vírus provoca sintomas parecidos com os da dengue, como febre alta, dor de cabeça e no corpo, manchas avermelhadas, dores musculares e nas articulações. Também pode causar inflamações nos pés e nas mãos, conjuntivite e edemas nos membros inferiores. Os sintomas costumam durar entre quatro e sete dias.

Há outros sintomas menos frequentes, como vômitos, diarreia, dor abdominal e falta de apetite. “Diante das semelhanças de sintomas entre as doenças, pedimos que os médicos não foquem só na zika e peçam sempre um exame completo para estudar todas as possibilidades de transmissão deste vírus”, diz Edilson Calandrini, coordenador do núcleo de vigilância epidemiológica hospitalar da Santa Casa.