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SEGURANÇA PÚBLICA

Coostafe participa de Feira sobre Cooperativismo na Estação das Docas

Peças artesanais como bolsas e almofadas bordadas foram apresentadas pela Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminina Empreendedora (Coostafe)

Por Caroline Rocha (SEAP)
28/04/2024 12h03

A Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminina Empreendedora (Coostafe), formada por mulheres privadas de liberdade e coordenada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), marcou presença na 4ª edição da Feira de Negócios do Cooperativismo (Fencoop), encerrada, no sábado (27), na Estação das Docas, em Belém.

A cooperativa participou com a exposição e venda de produtos feitos à mão, como bolsas, almofadas bordadas e ecobags. A novidade deste ano foi o porta notebook bordado, além de colares em resina e as roupas de crochê.

A Coostafe foi reconhecida pela Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) como uma das melhores práticas de trabalho e renda do sistema prisional brasileiro. Para Gerson Santos, gerente de produção da Seap, e tutor da Coostafe, o reconhecimento é reflexo do trabalho desenvolvido pelo governo do Estado, por meio da Seap, e de parceiros da cooperativa. 

“A participação da Coostafe na quarta edição da Fencoop, trouxe um tema relacionado à sustentabilidade, já alinhado à COP30, que hoje também é o grande foco da Coostafe. O desenvolvimento, o design de produtos e a produção com a concepção de que as internas precisam trabalhar aspectos relacionados à sustentabilidade, além do aspecto da reinserção social das mulheres, e da reintegração social”, afirma Gerson.

Realizado pelo Sistema Organização das Cooperativas Brasileiras do Pará (OCB/PA), o evento apoiado pelo Governo do Pará, trouxe o tema “Cooperativismo: Negócios Sustentáveis e Competitivos”. O evento buscou reforça a ideia de transformação da comunidade e aumentar a competitividade dos negócios atrelados à sustentabilidade na produção e serviços, com foco na COP30. 

Segundo Diego Andrade, gerente de desenvolvimento de cooperativas do Sistema OCB/Pará, o modelo de cooperativas também tem o poder de ressocializar as pessoas. Para ele, além de gerar negócio e oportunidades, é um modelo de negócio possível de ser replicado. 

“A presença da Coostafe é de suma importância porque a gente consegue mostrar justamente esse modelo de negócio, um processo de ressocialização, de desenvolvimento profissional dessas mulheres, para que elas possam perceber que também além do cárcere existe uma possibilidade de transformar a realidade delas. Dessa forma, quando elas saírem, vão ter uma atividade profissional, e conseguir por meio do cooperativismo desenvolver esse aprendizado”, destacou Diego Andrade. 

Oportunidades – A interna Adriana Cardoso, participou do desfile de lançamento da coleção Verão 2023 realizada na edição passada da Fencoop. Este ano, ela teve uma experiência diferente e pôde comercializar os produtos durante os três dias do evento.

“Essa feira é um espaço que as pessoas de vários lugares do Estado podem vir e mostrar a sua criatividade através dos produtos, e, para mim, é muito importante estar aqui porque a gente se capacita e com o tempo adquire uma mentalidade diferente e já começa a pensar em montar o próprio negócio”, contou Adriana Cardoso. 

A Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminina Empreendedora (Coostafe) funciona na Unidade de Custódia e Reinserção Feminina (UCRF) de Ananindeua, na Região Metropolitana de Belém. São cerca de 30 mulheres em privação de liberdade em atividades como a criação de peças de artesanatos, de costura, pintura e bordado.

É possível adquirir produtos ou contribuir com a Cooperativa em contato pelo email [email protected] ou pelo Instagram @coostafe.pa.

Texto de Yasmin Cavalcante / Ascom Seap