CIIR conscientiza sobre Doença de Parkinson com incentivo ao diagnóstico precoce
Neurologista do Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, Diane Miranda destaca importância do tratamentos para redução dos danos
Nesta quinta-feira (11), o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, enfatiza à população o "Dia Mundial de Conscientização da Doença de Parkinson", a segunda patologia degenerativa, crônica e progressiva do sistema nervoso central mais frequente no mundo, que de acordo com Ministério da Saúde (MS), está atrás apenas da Doença de Alzheimer.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), existem aproximadamente 4 milhões de pessoas no mundo com a Doença de Parkinson, o que representa 1% da população mundial a partir dos 65 anos.
No entanto, a neurologista do CIIR, Diane Miranda, explica que existem “casos geneticamente determinados que geralmente acometem pessoas na faixa etária de 20 a 40 anos, denominada de 'Doença de Parkinson Juvenil e Doença de Parkinson Precoce'. A data é importante justamente para que as pessoas conheçam os sintomas, saibam reconhecê-los em algum momento em si próprio ou em um familiar. Por isso, devemos ficar atentos aos sintomas e buscar atendimento o mais precoce possível”, enfatizou.
A médica segue pontuando que a doença pode iniciar com o sintoma de lentidão dos movimentos e rigidez muscular. Na maioria das vezes, esta rigidez pode ser camuflada por dor muscular que costuma vir associada. O tremor também é um sintoma muito sugestivo a partir de uma determinada idade e deve ser sempre investigado.
Com o diagnóstico e sendo acompanhado no CIIR há cinco anos, Mario de Jesus, de 77 anos, conta que o início dos seus sintomas foi uma trepidação nos pés sempre ao dormir.
“Hoje tenho tremor nas mãos, mas é bem pouco. Antes, eu sentia tremores nas pernas, achava estranho; parece que estava chutando algo. Procurei ajuda de profissionais de saúde e recebi o diagnóstico. Hoje, tenho qualidade de vida por intermédio de consultas médicas e reabilitação, no CIIR”.
Diane Miranda esclarece que a medicina ainda não descobriu exatamente a causa da patologia. “Sabe-se que acontece no cérebro, mas não sabemos como inicia esse processo. Deste modo, ainda não existe uma medicação capaz de curar a doença. Atualmente, existem medicações disponíveis no Sistema Único de Saúde (SUS) que controlam muito bem os sintomas. A patologia tem um componente genético. O processo de envelhecimento também é um fator de risco para a doença, por isso geralmente acontece em pessoas acima de 60 anos”.
Complemento - Além da terapia medicamentosa no acompanhamento, a médica salienta que é fundamental a terapia de reabilitação que inclui a fisioterapia motora e fonoaudiologia, dentre outras especialidades. “Em alguns casos, podemos indicar terapia ocupacional com o objetivo de ajudar o reabilitando a lidar com as limitações nas atividades do dia a dia. O CIIR garante estes serviços aos usuários do Sistema Único de Saúde (SUS)”, concluiu.
Estrutura - O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às pessoas com Deficiência (PCDs) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento das unidades de saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual (SRE).
Serviço: O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação é um órgão do Governo do Pará administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Centro funciona na Rodovia Arthur Bernardes, n° 1.000, em Belém. Mais informações: (91) 4042-2157 /58 /59.
Texto com a colaboração de Tarcísio Barbosa / Ascom CIIR