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TESTE DA LINGUINHA

Fonoaudióloga da Policlínica Metropolitana explica sobre freio lingual curto em crianças

Em Belém, coordenadora do serviço de fonoaudiologia da unidade de saúde, Ana Cristina Lima ensina como identificar a situação congênita

Por Ascom (Ascom)
08/04/2024 09h59

Frênulo lingual, popularmente conhecido como freio lingual, faz parte da anatomia da língua humana, uma membrana que une a língua ao assoalho da boca e, tem a importante função de direcionar o crescimento do órgão durante o período embrionário. A coordenadora do serviço de fonoaudiologia da Policlínica Metropolitana, em Belém, Ana Cristina Lima, explica como identificar a situação congênita.

A especialista destaca que quando este freio é encurtado ocorre uma limitação do movimento da língua denominado anquiloglossia, e pode afetar bebês e adultos. Embora seja mais comum em bebês.

“Podemos identificar a famosa “língua presa” através do Teste da Linguinha, que tem como objetivo verificar se existe alguma alteração neste frênulo".

"O teste faz parte do exame físico do recém-nascido e deve ser realizado ainda na maternidade, por profissionais da equipe de saúde devidamente capacitados logo após o nascimento da criança”, explicou a fonoaudiologia da Policlínica Metropolitana, em Belém, Ana Cristina Lima.

A especialista ainda ressalta que, as mães também podem identificar o problema durante o período da amamentação. “Deve-se observar se o bebê tem dificuldades de sugar o leite, provocando dores durante a amamentação e rachaduras no seio e apresentar também dificuldade em ganhar peso. Caso o teste não seja feito ao nascer, é indicado procurar um profissional capacitado para o diagnóstico como: pediatra, odontopediatra e fonoaudiólogo”, orientou.

Impactos 

A língua presa interfere na realização das funções orofaciais, gerando impactos negativos na alimentação, amamentação, mastigação e até na fala da criança. Além disso, pode levar o bebê a um desmame precoce e desnecessário. Problemas na deglutição que fazem o bebê engasgar também pode ocorrer.

“Se o problema não é corrigido, a criança possivelmente terá dificuldades no desenvolvimento da fala e coisas mais comuns, como mastigar um alimento, por exemplo”, afirmou a profissional.

Correção
A fonoaudióloga explica que o problema pode ser corrigido por meio de procedimento cirúrgico, definido e conduzido por um médico ou cirurgião dentista. Na cirurgia de frenectomia, é feito um pequeno corte no frênulo da língua, deixando-a com os movimentos mais livres.

“Cabe ao fonoaudiólogo o acompanhamento após o procedimento cirúrgico. O profissional utilizará estratégias que favoreçam a adequação das funções orofaciais: respiração, sucção, mastigação, deglutição e a fala”, detalhou.

Serviço
A Policlínica Metropolitana, atualmente conta com uma equipe de cinco fonoaudiólogas, que realizam consultas ambulatoriais e exames auditivos destinados a crianças, adultos e idosos da capital e dos interiores do estado.

O setor de fonoaudiologia oferece 2.330 atendimentos mensais. Dentre eles, são disponibilizados consultas e exames auditivos especializados para o diagnóstico de patologias auditivas como: audiometria tonal, logoaudiometria, imitanciometria e BERA com e sem sedação- conhecido também como PEATE ou Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico. 

Na Policlínica Metropolitana, administrada pelo Instituto Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Secretária de Estado de Saúde Pública (Sespa), são atendidos adultos e crianças, de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h. Mas a Policlínica Metropolitana não funciona em regime porta-aberta. O usuário deve passar por uma unidade de saúde municipal e ser regulado pelo Estado.

Os exames e consultas são agendados também por meios eletrônicos, pelo WhatsApp (91) 98521-5110 ou e-mail agendamento.polimetropolitana@issaa.org.br. É necessário ter em mãos os documentos de identificação, o cartão do SUS (Sistema Único de Saúde) e o comprovante de residência.

Texto da Ascom / Policlínica Metropolitana