Fonoaudióloga da Policlínica Metropolitana explica sobre freio lingual curto em crianças
Em Belém, coordenadora do serviço de fonoaudiologia da unidade de saúde, Ana Cristina Lima ensina como identificar a situação congênita
Frênulo lingual, popularmente conhecido como freio lingual, faz parte da anatomia da língua humana, uma membrana que une a língua ao assoalho da boca e, tem a importante função de direcionar o crescimento do órgão durante o período embrionário. A coordenadora do serviço de fonoaudiologia da Policlínica Metropolitana, em Belém, Ana Cristina Lima, explica como identificar a situação congênita.
A especialista destaca que quando este freio é encurtado ocorre uma limitação do movimento da língua denominado anquiloglossia, e pode afetar bebês e adultos. Embora seja mais comum em bebês.
“Podemos identificar a famosa “língua presa” através do Teste da Linguinha, que tem como objetivo verificar se existe alguma alteração neste frênulo".
"O teste faz parte do exame físico do recém-nascido e deve ser realizado ainda na maternidade, por profissionais da equipe de saúde devidamente capacitados logo após o nascimento da criança”, explicou a fonoaudiologia da Policlínica Metropolitana, em Belém, Ana Cristina Lima.
A especialista ainda ressalta que, as mães também podem identificar o problema durante o período da amamentação. “Deve-se observar se o bebê tem dificuldades de sugar o leite, provocando dores durante a amamentação e rachaduras no seio e apresentar também dificuldade em ganhar peso. Caso o teste não seja feito ao nascer, é indicado procurar um profissional capacitado para o diagnóstico como: pediatra, odontopediatra e fonoaudiólogo”, orientou.
Impactos
A língua presa interfere na realização das funções orofaciais, gerando impactos negativos na alimentação, amamentação, mastigação e até na fala da criança. Além disso, pode levar o bebê a um desmame precoce e desnecessário. Problemas na deglutição que fazem o bebê engasgar também pode ocorrer.
“Se o problema não é corrigido, a criança possivelmente terá dificuldades no desenvolvimento da fala e coisas mais comuns, como mastigar um alimento, por exemplo”, afirmou a profissional.
Correção
A fonoaudióloga explica que o problema pode ser corrigido por meio de procedimento cirúrgico, definido e conduzido por um médico ou cirurgião dentista. Na cirurgia de frenectomia, é feito um pequeno corte no frênulo da língua, deixando-a com os movimentos mais livres.
“Cabe ao fonoaudiólogo o acompanhamento após o procedimento cirúrgico. O profissional utilizará estratégias que favoreçam a adequação das funções orofaciais: respiração, sucção, mastigação, deglutição e a fala”, detalhou.
Serviço
A Policlínica Metropolitana, atualmente conta com uma equipe de cinco fonoaudiólogas, que realizam consultas ambulatoriais e exames auditivos destinados a crianças, adultos e idosos da capital e dos interiores do estado.
O setor de fonoaudiologia oferece 2.330 atendimentos mensais. Dentre eles, são disponibilizados consultas e exames auditivos especializados para o diagnóstico de patologias auditivas como: audiometria tonal, logoaudiometria, imitanciometria e BERA com e sem sedação- conhecido também como PEATE ou Potencial Evocado Auditivo do Tronco Encefálico.
Na Policlínica Metropolitana, administrada pelo Instituto Social e Ambiental da Amazônia (ISSAA), em parceria com a Secretária de Estado de Saúde Pública (Sespa), são atendidos adultos e crianças, de segunda a sexta-feira, das 7h às 16h. Mas a Policlínica Metropolitana não funciona em regime porta-aberta. O usuário deve passar por uma unidade de saúde municipal e ser regulado pelo Estado.
Os exames e consultas são agendados também por meios eletrônicos, pelo WhatsApp (91) 98521-5110 ou e-mail [email protected]. É necessário ter em mãos os documentos de identificação, o cartão do SUS (Sistema Único de Saúde) e o comprovante de residência.
Texto da Ascom / Policlínica Metropolitana