Campanha de Luta contra a Hanseníase será aberta em Belém
A abertura oficial da Campanha do Dia Mundial de Luta Contra a Hanseníase será aberta, no dia 31 de janeiro, às 9h, no auditório do Instituto de Gestão Previdenciária do Pará (Igeprev) em Belém. O evento está sendo organizado pelo Ministério da Saúde em conjunto com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) e a Secretaria Municipal de Saúde de Belém (Sesma).
A finalidade da Campanha é alertar a sociedade civil sobre os sinais e sintomas da hanseníase e incentivar a procura pelos serviços de saúde; mobilizar os profissionais de saúde quanto à busca ativa de casos novos para diagnóstico precoce e prevenção de incapacidades; realizar exame dos contatos como forma de interromper a cadeia de transmissão da doença; divulgar a oferta de tratamento completo no SUS; e promover atividades de educação e comunicação em saúde voltadas ao enfrentamento do estigma e da discriminação. Tendo a cor roxa como destaque, as peças publicitárias que serão veiculadas pelos meios de comunicação como TV, rádio e redes sociais ainda estão sendo produzidas pelo Ministério da Saúde.
A hanseníase é uma doença infecciosa de evolução crônica, transmissível, de notificação compulsória e investigação obrigatória em todo território nacional. Possui como agente etiológico o Mycobacterium leprae, capaz de infectar grande número de indivíduos (alta infectividade), apesar da baixa patogenicidade (poucos adoecem). Atinge pele e nervos periféricos, podendo cursar com surtos reacionais intercorrentes, o que lhe confere alto poder de causar incapacidades e deformidades físicas, principais responsáveis pelo estigma e discriminação às pessoas acometidas pela hanseníase.
A transmissão ocorre por meio das vias aéreas superiores de uma pessoa doente sem tratamento para outra, pelo contato prolongado. O diagnóstico e o tratamento da hanseníase estão disponíveis nas unidades de saúde do SUS.
Incidência – De acordo com a coordenadora estadual de Controle da Hanseníase, Rita Beltrão, os dados parciais de 2017 apontam uma taxa de detecção na população geral de 28,31 por 100 mil habitantes; e uma taxa de detecção em menores de 15 anos de idade de 8,82 por 100 mil habitantes.
“Importante lembrar que a taxa de detecção de casos novos na população geral vem caindo nos últimos anos, tendo passado de 92,30 por 100 mil habitantes, em 2004, para 29,93 em 2016. Em relação à taxa de detecção precoce em menores de 15 anos, caiu de 30,60 casos por 100 mil habitantes em 2004 para 11,22 em 2016”, observou Rita Beltrão.
Atualmente, o Pará tem uma taxa de cura de hanseníase de 76,9% e uma taxa de abandono de tratamento de apenas 7,3%, o que pode ser atribuído ao trabalho desenvolvido pela Atenção Básica no Estado assim como da Coordenação Estadual de Controle da Hanseníase, que tem realizado treinamentos com carga horária de 40 horas para profissionais de todos os municípios paraenses.