Peritos criminais do Pará são treinados para uso de software da Polícia Federal
Peritos criminais do setor de Informática Forense do CPC Renato Chaves receberam treinamento, nesta sexta-feira, 19, para uso do sistema IPED, software desenvolvido pela Polícia Federal e que foi disponibilizado ao setor com o objetivo de trazer mais agilidade para as perícias em mídias computacionais. Outros Estados já utilizam o sistema.
O Centro de Perícias, a partir de agora, conta com mais uma ferramenta de auxílio à Justiça em casos que necessitam da atuação do perito criminal. Além de trazer mais agilidade as perícias em mídias, o sistema proporcionará economia ao Centro, pois não tem custos e poderá substituir programas que eram pagos e que, por questões de licenças de uso, o acesso era limitado a determinada quantidade de peritos.
O Indexador e Processador de Evidências Digitais (IPED) foi desenvolvido por peritos federais para a análise de registros digitais armazenados em mídias, como discos rígidos, DVD, pendrive e CD. Além de possuir a capacidade de recuperar arquivos deletados, detecta criptografia e nudez, reconhecimento óptico de caracteres e visualização integrada de arquivos. O sistema é multiplataforma, permite a análise de número elevado de dados e foi criado para a Operação Lava-jato.
Ministrado pelos peritos federais Eduardo Galvão e Wesley Rodrigues, o treinamento foi baseado em estudos de casos onde os peritos do CPC atuaram, entre eles a Operação Luz da Infância, deflagrada em outubro passado, em 24 Estados e no Distrito Federal com o intuito de combater a pedofilia, e a Operação Gramacho para combate a crimes ambientais no Aterro Sanitário de Marituba, realizada em dezembro, onde foram apreendidas mídias, HD e equipamentos eletrônicos.
Para o perito criminal Marcelo Maués, o sistema é essencial para as perícias em mídias, pois a era digital está em constante modernização e o software acompanha estas mudanças. “O sistema foi desenvolvido no país e de acordo com a sua realidade e está se atualizando sempre. Além de trazer mais agilidade para o trabalho pericial, traz economia para a Instituição, pois não tem custos. A diferença para os softwares pagos é que, por se ser desenvolvido por peritos brasileiros, ele se adequa melhor a nossa realidade pericial”, finalizou o perito.