Conferência Estadual debate políticas públicas para a área de Ciência e Tecnologia
Promovido pela Sectet, o evento reuniu representantes da sociedade civil, Academia e agentes públicos na discussão sobre a nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação
Com o tema "Brasil justo, sustentável e desenvolvido", a Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Superior, Profissional e Tecnológica (Sectet), por meio da Diretoria de Ciência e Tecnologia (DCT), realizou na segunda e terça-feira (1° e 2) a Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação - Pará (CT&I).
Com o objetivo de promover diálogos e discussões sobre políticas públicas voltadas para a área de Ciência e Tecnologia, o evento realizado no auditório da Faculdade Estácio, em Belém, reuniu diversas pessoas em rodas de conversas e palestras, incluindo representantes da sociedade civil, comunidade acadêmica e agentes públicos, para alinhar diretrizes que contribuam para a nova Estratégia Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação (ENCTI) 2024-2030.Conferência Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação - Pará debateu desafios e metas para o setor
O evento foi aberto pelo titular da Sectet, Victor Dias, que definiu a Conferência como um impulso para a área tecnológica e busca de ideias inovadoras. “A Conferência traz a possibilidade de analisarmos onde podemos ser agente de mudança para a sociedade, levando desenvolvimento econômico através da inovação e tecnologia a todos os 144 municípios paraenses, onde a Sectet atua. Podemos sinalizar ao Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI), a partir das discussões realizadas neste evento, quais os investimentos primordiais para desenvolver o Estado do Pará com ciência e tecnologia, através das considerações que faremos para as diretrizes da ENCTI”, informou Victor Dias.
Investimentos - Representantes de entidades educacionais e pesquisa na Amazônia, como Universidade Federal do Pará (UFPA), Universidade do Estado do Pará (Uepa) e Museu Paraense Emílio Goeldi, compuseram a mesa e evidenciaram a necessidade de investimentos em pesquisas e alinhamento de estratégias entre governo do Estado, via Sectet, instituições de ensino e pesquisa, sociedade civil e setor empresarial.
Nilson Júnior, diretor do Museu Emilio Goeldi, representou a ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, e enfatizou a necessidade de pesquisa, inovação e tecnologia na região. “Levar a Amazônia a sério é entender a complexidade da região e, realmente, levar inovação às áreas de biodiversidade e bioeconomia, buscando o desenvolvimento”, ressaltou.
O Brasil e a França, recentemente, firmaram um acordo de cooperação científica, quando o presidente francês Emmanuel Macron visitou Belém para conhecer projetos de bioeconomia e apoiar pesquisas sobre biodiversidade.
Pesquisadora Márcia Jucá abordou “O Papel da CT&I para o Futuro do Estado”Olhando para o futuro - O evento iniciou com a palestra magna da pesquisadora Márcia Jucá, sobre o tema “O Papel da CT&I para o Futuro do Estado”, que frisou a importância da inovação, pesquisa e preocupação para as indústrias em geral.
“Hoje é muito colocado sobre a questão de missões, e essa questão da ciência e tecnologia da própria indústria. O desenvolvimento da NIB, que é a nova indústria brasileira, coloca sobre missões voltadas para uma coisa que é muito maior que o desenvolvimento de um setor especifico, e muito maior que o desenvolvimento de apenas uma cadeia produtiva. Ela abrange o bem-estar da população, as condições de ajuda, a questão da agricultura familiar e, aqui na região, a questão dos ribeirinhos, a fome e a pobreza”, destacou a pesquisadora.
Ao longo do dia foram realizadas mesas-redondas sobre eixos temáticos - tecnologia social, política pública e valorização do sistema nacional de ciência e tecnologia -, enfatizando o “Sistema Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação” e a “Reindustrialização em novas bases e apoio à inovação nas empresas”. Ao final, os participantes esclareceram dúvidas.
Ensino técnico - Alunos de Escolas de Ensino Técnico (EETEPA), gerenciadas pela Sectet, também participaram do evento. A oportunidade mostrou novos caminhos para o ensino técnico e politicas públicas voltadas para a temática.
O estudante do curso de Agropecuária da Eetepa Irmã Albertina Leitão, em Santa Izabel do Pará (na Região Metropolitana de Belém), José Henrique, disse que “essa reunião contribui para o maior conhecimento desses recursos, que são administrados para trazer benefícios para a Amazônia e mais conhecimento sobre os tipos de tecnologia que são colocados nesse meio”.
No primeiro dia, o evento contou com o participação de representantes do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), UFPA, Museu Paraense Emílio Goeldi e Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa). (Colaboração: Carla Couto - Ascom/Sectet).