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Sespa debate prevenção, sintomas e tratamento em alusão ao Dia Mundial da Tuberculose

Com o tema “Tuberculose: uma pandemia oculta?", profissionais enfatizaram os recursos disponíveis gratuitamente para prevenir e tratar a doença

Por Mozart Lira (SESPA)
22/03/2024 18h46

Em celebração ao Dia Mundial da Tuberculose - 24 de março, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) realizou nesta sexta-feira (22), em seu auditório, em Belém, seminário com o tema “Tuberculose: uma pandemia oculta?”. O objetivo foi reunir profissionais para debater informações sobre a doença, que pode ser prevenida, tratada e curada com medicamentos distribuídos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

O seminário destacou a prevenção, os sinais e sintomas da tuberculose, o que fazer em caso de suspeita e a importância de realizar o tratamento até o final para alcançar a cura. A prevenção, o diagnóstico e o tratamento da tuberculose estão disponíveis gratuitamente pelo SUS. Além dos exames para detectar a doença, o SUS oferta a vacina BCG para proteger crianças das formas mais graves, e disponibiliza tratamento preventivo para pessoas com maior risco de adoecimento.

“É muito importante que o paciente diagnosticado seja acompanhado durante os seis meses de tratamento com o esquema básico, preferencialmente por tratamento diretamente observado - TDO, para êxito e cura do caso”, explicou a coordenadora estadual do Programa de Controle da Tuberculose, Lúcia Helena Monteiro. O serviço está implantado nas Unidades Básicas de Saúde dos 144 municípios do Estado, com ações voltadas para o diagnóstico, acompanhamento e tratamento dos casos.

Na ocasião, os municípios de Óbidos (no Oeste) e Maracanã (no Nordeste) receberam certificados do secretário adjunto de Gestão Administrativa, Edney Pereira, por terem atingido as metas do Ministério da Saúde relacionadas ao diagnóstico, tratamento e prevenção da doença no ano de 2022.

No que se refere ao combate à doença no Pará, a Sespa capacita profissionais e presta assessoria técnica aos municípios, que são os principais responsáveis pelas ações de diagnóstico e acompanhamento dos casos. 

Protocolo - A Atenção Básica tem o objetivo de implementar as ações do Protocolo de Controle da Tuberculose, oferecendo tratamento nas unidades de saúde, incluindo a estratégia do Programa Saúde da Família (PSF) e o Programa de Agentes Comunitários de Saúde (PACS).

A Sespa, por meio do Programa de Controle da Tuberculose, e o Ministério da Saúde, pelo Programa “Brasil Saudável”, monitoram constantemente os programas municipais, oferecendo medicamentos e insumos para o diagnóstico e tratamento da doença, incentivando a busca ativa de novos casos, a investigação dos contatos dos casos novos de tuberculose, e o diagnóstico e tratamento da doença em tempo oportuno. Também são realizadas oficinas voltadas para manejo e controle da doença, visando quebrar a cadeia de transmissão e reduzir o número de adoecimento e óbitos por uma doença que pode ser prevenida e curada.

Segundo nota técnica emitida pela Coordenação do Programa de Controle da Tuberculose, outra estratégia que vem sendo recomendada é o tratamento preventivo da doença, que busca examinar principalmente os contatos do doente de tuberculose, assim como grupos considerados vulneráveis à doença, como a população que vive com o HIV, vírus ligado à Aids. “Considera-se que uma pessoa saudável, quando exposta ao bacilo da tuberculose apresenta 30% de chance de se infectar. Destes, 10% podem desenvolver a doença ao longo da vida. Este risco para a pessoa vivendo com HIV é anual. O tratamento preventivo desses infectados (ILTB) reduz entre 60% a 90% este risco”, destaca o documento. 

O evento incluiu programação culturalCasos - Os dados da doença - causada pelo Mycobacterium tuberculosis, também conhecido como bacilo de Koch -, se mantêm estáveis no Estado e registram uma média de 4.500 casos ao ano, desde 2020. Atualmente, 60% dos registros notificados estão concentrados nas regiões de saúde Metropolitana I, II e III.

Na manhã do próximo domingo (24), técnicos da Sespa vão apoiar as ações de prevenção na feira provisória do bairro da Pedreira, em Belém. O "arrastão da panfletagem" será realizado pela Secretaria de Saúde de Belém (Sesma), com a participação de estudantes do curso de Enfermagem, membros do Comitê Estadual de Controle da Tuberculose, sociedade civil e integrantes da Escola de Samba Império Pedreirense.