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BIODIVERSIDADE

Próximas ações do Programa BioPará são definidas

Por Redação - Agência PA (SECOM)
29/01/2018 00h00

Uma reunião para discutir os principais gargalos e necessidades da cadeia da biodiversidade no Pará, em especial o setor de biocosméticos, e definir as prioridades que deverão ser tratadas dentro da gestão do programa BioPará, coordenado pela Sectet e gerido pela BioTec-Amazônia, aconteceu nesta segunda-feira (29). O titular, a adjunta e servidores da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Educação Profissional e Tecnológica (Sectet), assim como a diretoria da Organização Social (OS) BioTec-Amazônia estiveram presentes juntamente com representantes de pequenas, médias e grandes empresas, do Sebrae-Pará, do Parque de Ciência e Tecnologia Guamá, de sindicatos, de associações, além de produtores rurais e pesquisadores.

A secretária adjunta da Sectet, Maria Amélia Enríquez, explicou que a reunião é uma oportunidade de cada ator da cadeia expor claramente suas necessidades e entraves, além disso ela destacou a importância de se manter um diálogo e uma consonância nas ações, pautadas em ciência, tecnologia e inovação. “Se quisermos avançar enquanto sociedade, mantendo um desenvolvimento sustentável, precisamos nos sustentar em bases científicas e tecnológicas, precisamos levar inovação para as empresas também”, enfatizou.

Para a empresária Fátima Chamma, a união de esforços é fundamental. “Precisamos dessa união, pois muito de nossa biodiversidade está sendo subutilizada, diante de um potencial enorme que temos”.

O presidente do Sindicato de Produtores Rurais de Cametá, Benedito Barros, concorda e acredita que a biodiversidade é a solução de muitos dos problemas enfrentados pelo Pará. “Essa reunião juntou diversos segmentos que, por meio da pesquisa, do conhecimento das instituições e da base produtiva, estão buscando valorizar o setor da biodiversidade amazônica (...) nós estamos aqui representando a base produtiva, venho do Baixo Tocantins, que é uma região que leva ao mercado produtos, como oleaginosos e açaí, com a tecnologia, podemos beneficiar esses produtos, ter inovações e, então, fazer o que todo amazônida deseja, ter uma qualidade de vida com o que nós temos e o mundo todo cobiça, que são as riquezas amazônicas, precisamos continuar unidos porque é esse o caminho”, concluiu.

Para o diretor presidente da BioTec-Amazônia, José Seixas Lourenço, a reunião foi muito positiva e deixou claro o próximo passo a ser seguido pela Organização Social, principalmente no sentido de facilitar a certificação dos produtos paraenses e possibilitar a conquista de novos mercados. “Ficou muito claro que precisamos qualificar os nossos laboratórios, realizando um levantamento da realidade de cada um, focando então naqueles que já estão próximos de prestar serviços qualificados para as empresas, algo fundamental para que possamos alavancar um polo de biocosméticos. Junto a isso, analisamos também a questão das comunidades chamadas de fornecedoras de insumo, há necessidade de qualificar essas comunidades, com a preocupação inclusive em relação à repartição de benefícios. Dessa forma, definimos com bastante clareza os gargalos dessa cadeia”.

Gestão do BioPará – A BioTec-Amazônia foi a Organização Social selecionada, no final de 2017, por meio de edital de chamamento público, para gerir o programa paraense de incentivo ao uso sustentável da biodiversidade amazônica, conhecido como BioPará. Considera-se “gestão do BioPará” um sistema inteligente de governança voltado ao estímulo e apoio ao planejamento e desenvolvimento de uma economia dinâmica fundada no uso sustentável da biodiversidade, com a devida e adequada base científica e tecnológica.

O programa BioPará é uma ferramenta norteadora à elaboração de políticas públicas que possibilitem a agregação de valor às cadeias produtivas da biodiversidade estadual e regional, por meio de pesquisa e desenvolvimento e de prospecção de negócios inovadores no setor.