Em Belém, homem suspeito de praticar golpe do falso intermediário é preso pela PC
A Polícia Civil, através da Divisão de Investigações e Operações Especiais (Dioe), por meio da Delegacia Especializada em Investigação de Estelionato e Outras Fraudes (Deof), deflagrou, nesta sexta-feira (08), a operação "Anonymous" e prendeu um homem suspeito de praticar o golpe do falso intermediário, em Belém.
Entenda o funcionamento do golpe: para cometer o crime, o fraudador entra em contato com um vendedor de carros, pedindo mais informações acerca do veículo e oferecendo uma oferta de negociação suspeita. Ele será a vítima número um. Nessa proposta, os criminosos costumam citar dívidas com terceiros, geralmente parentes, funcionários ou até amigos. O fraudador finaliza pedindo sigilo sobre a transação e sobre o valor combinado.
Após isso, o fraudador cria um anúncio com as mesmas fotos e dados do veículo escolhido e o oferta por um valor abaixo da média do mercado. Quando um comprador entra em contato através do anúncio falso, o vendedor lhe diz que a venda do carro resolverá uma dívida. Desta forma, as duas vítimas se encontram sem saber que estão sendo enganadas e, após visualizarem o automóvel, o comprador repassa o valor ao fraudador, mas não recebe o carro comprado, assim como o vendedor também não recebe a quantia cobrada no bem, sendo ambos enganados.
"Durante todo o processo, o fraudador não se encontra pessoalmente com nenhuma das vítimas e fica apenas como um intermediário entre as partes. Após conhecimento acerca do caso, os agentes da delegacia especializada iniciaram as investigações e prenderam um homem suspeito de cometer este crime que vem fazendo diversas vítimas pelo país", informou o delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende.
"A atuação do suspeito se dava por meio da fraude eletrônica, envolvendo operações PIX e o golpe do falso intermediário. Em 26 de janeiro deste ano, nós logramos êxito em prender também um comparsa do investigado e com ele foram apreendidos aparelhos celulares e um veículo", pontuou o delegado David Bahury, diretor da Deof.
Texto: Paula Almeida, sob supervisão de Laís Menezes - Ascom/PCPA