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Hospital Ophir Loyola homenageia protagonismo feminino na área de saúde

Com cerca de 72% de mulheres no quadro funcional, o HOL promoveu palestra e campanha de doação de sangue, em parceria com a Fundação Hemopa

Por Leila Cruz (HOL)
08/03/2024 17h20

Serviços de estética promovem bem-estar às usuáriasDados do Hospital Ophir Loyola (HOL), em Belém, apontam que as mulheres são a principal força de trabalho do segmento saúde, representando cerca de 72% dos mais de 2 mil profissionais que atuam na unidade hospitalar, tanto nas atividades relacionadas à assistência quanto nas administrativas. Para homenagear o protagonismo feminino na linha de frente do cuidado, o Hospital promoveu uma programação alusiva ao Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta sexta-feira (8). Uma campanha de captação de doadores, palestra educativa e serviços foram ofertados ao público feminino.

A campanha de doação de sangue, realizada em parceria com a Fundação Hemopa, sinalizou a importância de abastecer a instituição para atender a demanda transfusional dos pacientes. Foram captadas 108 bolsas de sangue. Segundo a assistente social Camila Medina, da Gerência de Captação de Doadores (Gecad) do Hemopa, o objetivo é ampliar o número de doadores para manter os estoques dos hemocentros regulares, principalmente durante o inverno amazônico, quando as doações são reduzidas.

“As doenças sazonais, como viroses, gripe, dengue, zika e chikungunya colaboram para o afastamento de doadores voluntários de sangue das unidades de coleta. É cada vez mais importante contar com as instituições parceiras para alavancar as doações de sangue vidas”, disse Camila Medina.

Exercício de cidadania - A enfermeira da Agência Transfusional, Leonice Carvalho, afirmou que a doação é um compromisso de todos os envolvidos com a saúde da sociedade em geral. “Além de ser um ato de solidariedade, é um exercício da cidadania que ajuda a salvar milhares de vidas diariamente. Por isso, os hemocentros e as agências transfusionais se dedicam para sensibilizar novos doadores, a fim de manter os estoques abastecidos e ajudar a quem tanto precisa”, acrescentou a enfermeira.

Na rede de saúde pública do Estado, o Hospital é referência no tratamento do câncer. Devido ao perfil de assistência tem uma das demandas mais altas de transfusão. Os maiores consumidores de sangue são os pacientes com doenças hematológicas malignas, principalmente os acometidos por leucemia - doença originada na medula óssea -, que atinge as células sanguíneas chamadas leucócitos e impede o funcionamento normal do organismo.

A reserva de sangue também é indispensável para aqueles que serão submetidos a cirurgias de alta complexidade, as quais só são realizadas com reserva cirúrgica, para qualquer eventualidade. O sangue doado pode ser separado em vários hemocomponentes (hemácias, plaquetas ou plasma), beneficiando diversos pacientes, conforme a demanda de cada um. O ideal é que cada pessoa doe sangue pelo menos duas vezes ao ano – homens a cada 60 dias, e mulheres devem respeitar um intervalo de 90 dias entre as doações.

A discente da Residência Multiprofissional Oncologia - Cuidados Paliativos do HOL, Clicia Ferreira, é doadora há dois anos. Após se tornar residente, ela se sentiu mais incentivada a doar a cada três meses, por conta de vivenciar as situações de pacientes que precisam de bolsas de sangue e concentrados.Residente Clícia Ferreira participando da doação de sangue

“Que as pessoas se conscientizem, e tirem pelo menos um tempo do seu dia para vir doar sangue. Sabemos que não só o 'Ophir Loyola' precisa de doações, mas todos os outros hospitais. Sem sangue, cirurgias podem ser canceladas e tratamentos podem ser interrompidos. Então, se você tem boa saúde, ou tem algum familiar em tratamento ou internado, chame outras pessoas para vir doar. Os pacientes precisam muito desse gesto de empatia”, ressaltou Clícia Ferreira.

Autocuidado e bem-estar - Um dia direcionado à autoestima e ao bem-estar das mulheres que desempenham um papel significativo na saúde, e atuam em diversas frentes de trabalho, foi desenvolvido por meio de palestra orientativa e serviços de beleza e bem-estar. A programação também buscou melhorar a aceitação da imagem que as pacientes em tratamento do câncer têm de si mesmas, além de promover maior interação no ambiente hospitalar. Massagem terapêutica, limpeza de pele, spa dos pés, designer de sobrancelhas e outros serviços foram ofertados.

Fisioterapeuta Andrezza Coêlho: olhar diferenciadoOs “Cuidados Íntimos da Mulher: da prevenção à liberdade” foi o tema da palestra ministrada pela fisioterapeuta pélvica Andrezza Coêlho. Segundo a especialista, abordar os cuidados na região íntima é libertador, e ajuda a mulher a ter um olhar diferenciado para o próprio corpo.  “Por muito tempo em nossas vidas, ou por uma questão religiosa ou de educação, não podíamos olhar, tocar nessa região, apenas pelo fato de sermos mulheres. Mas isso vem mudando ao longo do tempo em razão do empoderamento feminino. Falar sobre cuidados íntimos, conhecer a anatomia e aparência da região vaginal é importante para que esse conhecimento se transforme em saúde”, frisou a fisioterapeuta.

A técnica em Enfermagem Maisa Silva, que atua no Centro de Material e Esterilização do HOL, acredita ser importante ter ações dedicadas à valorização dos profissionais de saúde. “Nós , trabalhadores da saúde, lidamos com situações complexas, mas nos doamos ao máximo em prol dos pacientes. Nesses momentos estamos sendo cuidadas. Por um instante tiramos  o nosso foco do outro e focamos na gente. Isso é muito importante para que possamos realizar  as nossas atividades com mais leveza”, disse Maisa Silva.