PCPA realiza programação com estratégias de enfrentamento ao feminicídio, em Santarém
A Polícia Civil do Pará, por meio da Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis e em colaboração com a Acadepol e Diretoria de Polícia do Interior (DPI), promove, nesta quinta-feira (05), em Santarém, um seminário de combate e enfrentamento à violência contra mulheres, em alusão ao Dia Internacional da Mulher.
O evento, que acontece no Auditório da Secretaria Regional de Governo do Oeste, reúne especialistas para a discussão de estratégias de prevenção do feminicídio, como a diretora executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno; a delegada Carina Amaral da Luz; delegada Daniela Sousa Oliveira Santos, além da perita criminal Yara Lúcia Lins.
“Os conhecimentos compartilhados por especialistas, com os policiais civis, visa elevar o nível do atendimento desses profissionais às vítimas do feminicídio, bem como fornecer um maior preparo para diferentes circunstâncias da prática desse crime”, ressalta o delegado-geral da Polícia Civil do Pará, Walter Resende.
No decorrer do evento, profissionais que vieram de uma ONG do Estado de São Paulo, que avaliam especificamente o feminicídio no Brasil, promoveram informações tanto para os servidores, quanto para a rede de apoio, como destaca a delegada Andreza Alves “O evento é aberto ao público, a equipe veio ministrar para os policiais civis de Santarém, arredores e cidadãos. Essa é uma situação diferenciada, sendo o machismo, institucional, quando o policial vê a vítima de maneira preconceituosa. O treinamento tem como objetivo tirar essa visão sobre o feminicídio, principalmente da vítima”.
De acordo com a Diretora de Atendimento aos Grupos Vulneráveis, Ariane Melo, o seminário ultrapassa os limites das celebrações, em um momento em que o público é convidado a fazer algumas reflexões no campo da segurança pública, “É uma ação que busca aprimorar as estratégias de repressão aos crimes contra as mulheres, especialmente da forma mais grave, que é o feminicídio”.
“É de suma importância a difusão desses conhecimentos, temos muitos profissionais capacitados que trabalham diretamente com essa situação, seja no atendimento, na apuração dos fatos ou nos estudos relacionados aos índices e as consequências do feminicídio. Os agentes estão cada vez mais preparados para atender a população da melhor maneira possível", reassaltou Jamil Casseb, delegado superintendente do Baixo Amazonas.
Texto: Talita Azevedo, sob supervisão de Laís Menezes.