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Romantismo e tranquilidade marcam o início do Carnaval de Mosqueiro

Por Redação - Agência PA (SECOM)
10/02/2018 00h00

Um amor de Carnaval que já dura 26 anos. A romântica ilha de Mosqueiro, que no passado era um dos roteiros favoritos dos paraenses em viagens de lua de mel, é o cenário na medida para a história de Paulo e Nazaré. O enredo lembra o da clássica marchinha do "Pierrô e a Colombina", mas diferente da original, o amor não teve "um triste fim".

No Carnaval de 1992, em Mosqueiro, Paulo Cesar da Silva, hoje com 55 anos, era um viúvo que derramava a solidão na folia de Momo. Sua família é uma das fundadoras da tradicional ‘Escola de Samba Pele Vermelha’. O então pescador  tentava esquecer a tristeza quando conheceu sua colombina.

Nazaré Souza, então com 19 anos, era uma  donzela que participava de um concurso de rainha do Carnaval na ilha. Assim que foi percebida pelo pierrô, Nazaré foi a princesa que Paulo quis coroar. "Ela era linda de se admirar, e trouxe o meu sorriso de volta. Foram cinco meses recebendo ‘não’, mas eu não desistia", conta Paulo.

E foi assim que o pierrô apaixonado, mas folião inveterado que vivia só cantando, por causa da colombina Nazaré acabou chorando. Mas cinco meses depois, o insistente pierrô roubou o primeiro beijo da colombina. Dois anos depois, casaram no civil. Hoje, Paulo e Nazaré se preparam para casar na igreja, no dia 20 de outubro, mesma data em que a filha mais nova do casal completa 15 anos.

"As pessoas associam Carnaval à esbórnia e diversão, mas é tão bonito a gente ter um romance de Carnaval duradouro; construindo um amor pra vida toda. Queria que mais pessoas tivessem a nossa sorte", disse a apaixonada Nazaré enquanto pulava o 25º Carnaval da sua vida ao lado do pierrô Paulo, na tarde deste sábado (10).

A história do casal continua sacramentada por Momo. Eles dirigem dois blocos famosos do distrito: o "Filhotão da Ilha" e o "Filhotinho da Ilha", primeiro bloco kids de Mosqueiro.

Segurança - Para garantir a tranquilidade dos moradores e visitantes da ilha, a Secretaria de Estado de Segurança Pública e Defesa Social (Segup) montou um esquema operacional que estará em ação de 9 a 15 de fevereiro.

Ao todo, 156 agentes estarão cumprindo jornada extraordinária durante o período momesco: 74 da Polícia Militar, 58 do Corpo de Bombeiros, 16 do Detran e oito da Polícia Civil.

Contando com as jornadas extraordinárias e ordinárias, serão 138 policiais militares por dia, em 15 viaturas e duas motos, garantindo a segurança em Mosqueiro. "O início deste Carnaval foi muito tranquilo, sem nenhuma ocorrência. A expectativa é que o movimento aumente a partir deste domingo (11), quando acontece o desfile das escolas de samba", disse o capitão Renato Brandão, supervisor de policiamento.

Saúde - A Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) marca presença na ilha de Mosqueiro durante o Carnaval com a campanha de prevenção às doenças sexualmente transmissíveis. Vinte e seis mil preservativos serão distribuídos em dois postos. "A aceitação da população é a melhor possível. As pessoas já vêm atrás da gente para buscar os preservativos, mostrando que mesmo no meio do Carnaval, atentam para o sexo seguro", disse o agente administrativo da Sespa, Ducival Brito.

Os agentes da Sespa também oferecem exames de glicose e pressão aos transeuntes da ilha. "Foi muito bom conferir minha pressão e perceber que ela normalizou depois de três meses de tratamento. Agora eu vou passar o Carnaval mais tranquila", disse a aposentada Odileia Castelo Branco, 60 anos.

Foi também atrás da tranquilidade nesse início de Carnaval, que a bióloga Eliane Brabo, 37 anos, escolheu Mosqueiro como refúgio. "Queria um lugar próximo de Belém para curtir a praia em paz com meus dois filhos pequenos, e já imaginava que Mosqueiro estaria assim, maravilhosamente bucólica. Nosso sábado foi de diversão e tranquilidade", disse a bióloga, enquanto marchinhas antigas lembravam aos visitantes da vila que a festa momesca vai começar.