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HMUE cria novo protocolo e garante ainda mais agilidade na assistência aos usuários idosos vítimas de queda

Por Governo do Pará (SECOM)
13/01/2024 17h39

A administração do Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), em Ananindeua, garante atendimento ainda mais ágil, resolutivo e humanizado aos usuários idosos vítimas de queda, tendo em vista que a população com mais de 60 anos têm maior propensão a sofrer lesões graves, como fraturas ósseas, tornando urgente a avaliação e o tratamento imediato para minimizar complicações.

Para tanto, foi necessário a implantação do Protocolo do Fêmur, que estabelece um período de até 48 horas para a definição da conduta cirúrgica em casos desse tipo fratura com o intuito de melhorar ainda mais assistência aos usuários idosos, levando-se em consideração, principalmente, os registros que, em 2022, no HMUE, 838 idosos foram internados na unidade hospitalar devido quedas. Em 2023, foram 1.150, o que representa um aumento de mais de 37%, no número de pessoas com mais de 60 anos internadas por esse mesmo motivo.

De acordo diretor Assistencial do Hospital Metropolitano, Clóvis Guse, diante desse cenário, foi constatada a necessidade de aprimoramento dos métodos na assistência para atender essas demandas em tempo hábil, reduzindo complicações, além de diminuir o tempo de internação, proporcionando mais rotatividade e disposição de leitos para este tipo de usuários vítimas de quedas.

Clóvis Guse, ressalta que a grande incidência de internações por queda na população idosa, representa uma preocupação para a gestão, que define esses casos como prioridade, dando mais agilidade nos passos seguintes após a entrada de um idoso apresentando fratura, que vem sendo assistido pelo protocolo de Fêmur.

CLÓVIS GUSE“Infelizmente aumentou muito o índice de idosos vítimas de queda, principalmente em banheiros, escorregão em tapetes, queda de rede e outras situações, como também outros fatores associados, como atropelamentos. O idoso, quando sofre acidente que precisa de um procedimento cirúrgico, a agilidade é fundamental. Quanto menos tempo ele ficar aguardando essa cirurgia, mais rápida será a alta dele. Então, aqui no HMUE, temos uma rotatividade significativa de pacientes, especialmente, os idosos, em virtude desse protocolo”, pontuou Guse.

Aprovação – O idoso Edson Souza, 69, é um usuário que sofreu queda de mesma altura (que ocorre ao mesmo nível em que a vítima se encontra, geralmente após tropeços ou escorregões), no município de Barcarena, onde ele reside. Após receber os primeiros atendimentos, foi transferido para o Hospital Metropolitano, no dia 5 deste mês. Ele comenta que, na ocasião da queda, estava aguardando o transporte público e ao tentar subir na calçada acabou tropeçando.

Paciente Edson

“Eu não tive como me segurar, uma senhora tentou me ajudar, mas não conseguiu. As pessoas presentes me socorreram e me levaram ao hospital municipal. Desde que fui transferido, tenho achado o atendimento no HMUE excelente! Essa foi minha primeira experiência de queda e, a partir dessa situação, tenho que redobrar o cuidado, bem como aconselhar todo mundo a fazer o mesmo. Essa situação é muito difícil!”, pontuou.

O paciente foi admitido na unidade hospitalar no dia 5 deste mês, na unidade de internação ortopédica. Passou por procedimento cirúrgico, dois dias após sua admissão. Ele já recebeu alta hospitalar e retornou para o convívio de sua família.

Prevenção – Norma Suely de Carvalho, médica intensivista e presidente da Comissão de Verificação de Óbitos do HMUE, alerta a necessidade de maior atenção à população idosa, por esses indivíduos mais frágeis e suscetíveis a possíveis quedas devido a perda da massa muscular com o passar do tempo. Além disso, a profissional enfatiza a importância de observar algumas situações no ambiente domiciliar para evitar esse acometimento, como o uso de tapetes, ocasiões em que o piso estiver escorregadio ou molhado, para que não ocasione em intercorrências, comprometendo a saúde dos idosos. Adaptações como a adição de barras de sustentação em banheiros também são importantes para a prevenção de quedas.

“Além de trabalhar na prevenção adaptando o ambiente, é indispensável a prática da atividade física para esses idosos, o que fortalece a musculatura. Essa população pode praticar caminhadas, yoga, pilates... todos são excelentes, pode-se pensar também na musculação acompanhado de um instrutor físico e até em casa, com exercícios adaptados, como o agachamento com o auxílio de uma cadeira”, finalizou a médica.

Dados- Segundo Ministério da Saúde (MS), alguns fatores podem causar quedas em idosos, entre eles:

- diminuição da força muscular ;

– osteoporose;

– anormalidades para caminhar;

– arritmia cardíaca (batimento cardíaco irregular);

– alteração da pressão arterial;

– depressão;

– senilidade;

Fatores relacionados ao ambiente:

– iluminação: ambientes mal iluminados favorece a ocorrência de quedas;

– arquitetura: casas mal planejadas aumentam o risco de quedas;

– móveis: disposição inadequada atrapalha a locomoção e quando instáveis não servem como apoio;

– espaço: oferecem risco os objetos escorregadios espalhados pela casa;

– cores: ambiente muito escuro aumenta a chance de quedas, entre outros.

Orientações gerais para prevenir quedas:

– faça exames oftalmológicos e físicos anualmente, em específico para detectar a existência de problemas cardíacos e de pressão arterial;

– mantenha em sua dieta uma ingestão adequada de Cálcio e vitamina D;

– tome banhos de sol diariamente;

– participe de programas de atividade física que visem o desenvolvimento de agilidade, força, equilíbrio, coordenação e ganho de força do quadríceps e mobilidade do tornozelo;

– elimine de sua casa tudo aquilo que possa provocar escorregões e instale suportes, corrimão e outros acessórios de segurança;

– use sapatos com sola antiderrapante; entre outros fatores

Estrutura – Pertencente à rede de saúde pública do Governo do Pará, o Hospital Metropolitano é administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de saúde Pública (Sespa), é referência no tratamento de pessoas vítimas de traumas de altas complexidades e queimados.

A unidade dispõe de leitos nas especialidades de traumatologia, cirurgia geral, neurocirurgia, clínica médica, pediatria e cirurgia plástica - exclusiva para pacientes vítimas de queimaduras -, além de leitos de Terapia Intensiva (UTI).

Texto: Vera Rojas, com informações de Pedro Amorim