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Campanha nacional contra quatro doenças beneficiará estudantes

Por Redação - Agência PA (SECOM)
27/02/2018 00h00

Será realizada de março a junho deste ano a V Campanha Nacional de Combate a Hanseníase, Verminoses, Tracoma e Esquistossomose, destinada a estudantes na faixa etária de 5 a 14 anos, matriculados no ensino fundamental, em escolas públicas de municípios brasileiros com vulnerabilidade social e elevado risco para essas doenças. Coordenada pelo Ministério da Saúde, a campanha tem a parceria da Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), e suas ações serão executadas pelas secretarias municipais de Saúde e de Educação. No Pará, a programação chegará a 5.332 escolas municipais, alcançando cerca de 900 mil alunos.

Além de informar os estudantes sobre os sintomas dessas doenças, favorecendo o diagnóstico precoce e o tratamento imediato, a campanha visa à busca ativa de novos casos de hanseníase, oferecer exames para detecção e tratamento dos casos de tracoma em estudantes, profilaxia para as geo-helmintíases, exame parasitológico de fezes para esquistossomose, tratamento e, se indicado, exames e tratamento dos seus contatos.

A campanha foi apresentada pela coordenadora estadual de Controle da Hanseníase, Rita Beltrão, na reunião ordinária do Conselho Estadual de Saúde (CES), realizada na última sexta-feira (23). Ela informou que, neste ano, os 109 municípios prioritários para ações de hanseníase aderiram à campanha nacional, a qual abrangerá mais 14 municípios não prioritários, mas que fizeram adesão espontânea, totalizando 123 municípios no Pará. “Este ano temos a adesão de 100% dos municípios prioritários”, reiterou a coordenadora da Sespa.

Para a realização da campanha, os 109 municípios receberam recursos financeiros do Ministério da Saúde - R$ 2.181.268,41 -, sendo que cada município recebeu recurso de acordo com o número de alunos que serão beneficiados pela campanha.

Sintomas - Doença infecciosa causada pela bactéria Mycobacterium leprae, a hanseníase atinge principalmente a pele e os nervos de pessoas de qualquer sexo, idade ou classe social. Se não for tratada, pode causar diversas deformidades pelo corpo.

As verminoses são infecções causadas por parasitas que se instalam no corpo. As verminoses podem causar dores abdominais, diarreias frequentes, anemia, palidez excessiva, perda de peso, barriga inchada e sangramentos intestinais. Em crianças, pode haver dificuldade de aprendizagem e retardo no crescimento.

Tracoma é uma doença bacteriana que acomete os olhos. Se não for tratada, pode até causar cegueira. Os olhos de pessoas afetadas por tracoma podem apresentar vermelhidão, lacrimejamento, coceira, irritação, secreção, sensação de corpo estranho e intolerância à luz. Em alguns casos, não há manifestação de sintomas.

Hanseníase - Rita Beltrão também fez uma avaliação positiva da campanha pelo Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase, aberta no Pará no último dia 31 de janeiro pelo ministro da Saúde, Ricardo Barros. O Estado ocupa o quarto lugar no ranking da doença no Brasil.

Na ocasião, o conselheiro Admilson Picanço, representante do Movimento de Reintegração das Pessoas Atingidas pela Hanseníase (Morhan), parabenizou a Sespa e a Coordenação Estadual pela adesão de todos os municípios prioritários à campanha direcionada aos estudantes. Ele também ressaltou a importância da contribuição do Morhan, entidade parceira da Sespa.

Admilson Picanço lembrou ainda o compromisso assumido pelo ministro Ricardo Barros de avaliar o projeto de cirurgias reparadoras em pacientes com sequelas oriundas da hanseníase. O projeto foi entregue ao ministro, ao governador Simão Jatene e ao secretário de Estado de Saúde Pública, Vitor Mateus, no dia do lançamento da campanha pelo Dia Mundial de Luta contra a Hanseníase.  “Precisamos avançar mais para reduzir a subnotificação da hanseníase no Estado, intensificar as capacitações, fazer busca ativa e examinar contatos de doentes”, afirmou o conselheiro.

De acordo com a Sespa, os dados parciais de 2017 apontam uma taxa de detecção de hanseníase de 28,31 por 100 mil habitantes, e uma taxa de detecção em menores de 15 anos de 8,82 por 100 mil habitantes.