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Profissionais de saúde fazem treinamento sobre transmissão do HIV entre mãe e bebê

Sespa oferece a capacitação a profissionais da Região Metropolitana de Belém para aprimorar o atendimento a gestantes e recém-nascidos

Por Governo do Pará (SECOM)
04/12/2023 22h36

O treinamento organizado pela Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), por meio da Coordenação Estadual de Infecção Sexualmente Transmissível (IST/Aids), destinado a profissionais de saúde que atuam na Região Metropolitana de Belém, começou nesta segunda-feira (4) e prossegue até terça (5), enfatizando a importância do diagnóstico precoce de infecção por HIV durante a gravidez, manejo clínico e laboratorial das  gestantes vivendo com HIV e seus recém-nascidos expostos. Também aborda a notificação e o monitoramento de casos, PreP (profilaxia pré-exposição), PEP (profilaxia pós-exposição) e a utilização de sistemas específicos do Ministério da Saúde, como Siclom (Sistema de Controle Logístico de Medicamentos) e Sinan (Sistema de Informação de Agravos de Notificação).

A abertura do evento, no auditório Dr. Ronaldo de Araújo, da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC), em Belém, contou com a participação de farmacêuticos, médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e profissionais de saúde envolvidos na linha de cuidado da TV do Casa Dia, Unidade de Referência Especializada Materno Infantil (Uremia) e Unidades Municipais de Saúde (UMS) de Belém; representantes das maternidades do Hospital Regional Dr. Abelardo Santos e Hospital de Clínicas Gaspar Vianna, e profissionais da Vigilância Epidemiológica do município de Belém e 1° Centro Regional de Saúde (CRS).O treinamento é realizado até terça-feira (5), no auditório da Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna

Andréa Miranda, coordenadora estadual de HIV/Aids, destacou que o treinamento é importante para capacitar os profissionais, aprimorando a linha de cuidado - Atenção Primária à Saúde (APS), rede especializada e maternidades -, para o manejo adequado das gestantes com HIV, contribuindo para a redução ou eliminação da transmissão do HIV em Belém.

“O boletim epidemiológico está influenciando muito o município de Belém, e nós, enquanto Secretaria de Saúde, Coordenação Estadual, estamos criando estratégia, dentro dessa linha de cuidado, para os profissionais de saúde do município de Belém, com toda essa composição especializada, maternidade e agentes comunitários de saúde”, informou.

A coordenadora também citou o treinamento que está sendo realizado para agentes comunitários de saúde (ACS), no auditório da sede da Polícia Federal, em Belém. “Em paralelo, também está tendo essa capacitação para os agentes comunitários de saúde, porque entendemos que as informações e o fluxograma de como os profissionais com esse conhecimento podem conduzir uma gestante com o vírus, fazem com que essa criança tenha possibilidade, com todo o protocolo que hoje é disponibilizado pelo Ministério da Saúde, de não ter o vírus HIV”, explicaou Andréa Miranda.

Encaminhamento - Luiz Fernando Machado, virologista e professor da Universidade Federal do Pará (UFPA), iniciou a programação destacando as formas de transmissão e diagnóstico da infecção pelo HIV. Ele destacou a importância dos encaminhamentos para os setores competentes, para diagnóstico e tratamento do HIV, assim como de outras infecções sexualmente transmissíveis.

“Dentro desse contexto é importante o profissional de saúde fazer os testes rápidos, receber as pessoas que têm o HIV, encaminhar, conversar, diagnosticar. Essa é a primeira etapa”, disse o médico Luiz Fernando Machado.

“O Ministério da Saúde disponibiliza um manual para orientar quanto à realização dos exames para o diagnóstico do HIV. Esse manual explica os vários fluxogramas de diagnóstico. Como esses profissionais estão na ponta do serviço, é muito importante esse acolhimento e encaminhamento para os setores competentes”, reforçou.

Ocorrência - Segundo dados do Sinan/Ministério da Saúde, os casos de HIV no Pará somaram 3.620 em 2022, seguidos por mais 2.842 casos este ano, até o momento. Em relação aos casos de Aids no Pará (quando o indivíduo com o HIV adoece), em 2022 foram registrados 872, e neste ano, até 31 de outubro, 622 casos.

Em ambas as situações, a faixa etária com mais casos apresentados está entre 20 e 34 anos, seguida por 35 a 49 anos; 50 a 64 anos; 15 a 19 anos; 65 a 79; 10 a 14 e 80 anos ou mais. Dados preliminares de 2022, constantes do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM), indicam que 727 pessoas no Estado morreram devido às complicações por Aids.

Rede de atendimento - A Sespa disponibiliza, em Belém, a Unidade de Referência Especializada em Doenças Infecciosas e Parasitárias Especiais (Uredipe), para pacientes de todo o Estado que têm HIV/Aids ou pessoas que sofreram uma possível exposição ao vírus e precisam confirmar se estão infectadas. Há também a Uremia para atendimento a gestantes com HIV e crianças expostas ao vírus, oriundas dos municípios que ainda não dispõem do serviço de referência.

Outros serviços de apoio são oferecidos pelas prefeituras, como os 78 Centros de Testagem e Aconselhamento (CTA) e 38 Serviços de Atenção Especializada (SAEs). Neles, a população pode realizar o teste rápido para diagnóstico de HIV, gratuito e sigiloso, e receber as devidas orientações para prevenir a doença ou iniciar o mais precoce possível o tratamento na rede especializada do Sistema Único de Saúde (SUS).

Texto: Ascom/HC