Feira da Emater divulga agricultura na região metropolitana de Belém
Com preço abaixo do praticado no mercado, agricultores familiares de seis comunidades venderam alface, cheiro-verde, couve, e peças feitas à mão
Centenas de transeuntes do centro de Benevides, na região metropolitana da capital, Belém, conheceram mais um pouco da agricultura familiar das redondezas pela oportunidade da Feira da Agricultura Familiar e Artesanato, organizada pelo escritório local da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural do Pará (Emater), no sábado (2). O evento teve a parceria da Secretaria Municipal do Trabalho e Promoção Social (Semteps), e realizou–se na avenida Joaquim Pereira de Queiroz, em frente à Prefeitura, com acesso gratuito e livre.
Ao contrário do que muita gente pensa, a Grande Belém não é só vida urbana: em bairros periféricos, em localidades rurais e nas ilhas em volta da Baía do Guajará, agricultores familiares cultivam alimentos, plantas medicinais, plantas ornamentais e flores; produzem mel e derivados, criam pequenos animais como porcos e galinha caipira, praticam receitas de gastronomia típica e desenvolvem artesanato de temáticas amazônicas.
“A Feira traz à praça o trabalho dos agricultores familiares. É uma comunicação com a sociedade civil. É uma ferramenta que apresenta e renova a habilidade da Emater de aproximar o agricultor familiar da opinião pública”, reflete o chefe do escritório local da Emater em Benevides, Antônio Carlos Lima, engenheiro agrônomo.
Estrutura
Vinte famílias de seis comunidades expuseram e comercializaram produtos tais quais hortaliças (alface, cheiro-verde, couve, entre outras), bombons regionais com recheio de frutas (a exemplo de bacuri e cupuaçu) e objetos exclusivos feitos a mão, com destaque para instrumentos musicais de casca de coco e biojóias a partir de semente da palmeira “jarina”.
De acordo com estimativa da Emater, os preços para o consumidor final foram até 40% mais baixos, em comparação ao mercado convencional de Benevides.
Para a artesã Maria Patrícia dos Santos, a Feira foi como um holofote: “Conseguimos mostrar e celebrar todo o talento e toda a história que constroem Benevides”, disse.
Ela ressalta o “olhar” do Governo para o artesanato: “Não podemos ser esquecidos. Ainda bem que Emater e Prefeitura coordenaram este espaço pra gente”, completa.
Planejamento
O plano de Emater e Prefeitura é fixar semanalmente a Feira, como vitrine e canal de venda. Há previsão, ainda, de uma edição especial de Natal, com data específica ora em negociação.
“Existe a necessidade permanente desses agricultores familiares atendidos pela Emater em publicizarem as atividades e em faturarem com seu trabalho, porque essas atividades são fontes de sustento, assim como existe um mercado ávido por produtos de qualidade, oriundos amparo de políticas públicas de responsabilidade social e ambiental”, aponta a engenheira agrônoma, especialista em Avicultura, Vanessa Cruz, da equipe do escritório local da Emater em Benevides.
Texto de Aline Miranda