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Além de ser maioria na área da educação, mulheres também estão mais qualificadas

Por Redação - Agência PA (SECOM)
07/03/2018 00h00

Dados do Plano Nacional de Qualificação, do Ministério do Trabalho e Previdência Social de 2016, apontam que, no Brasil, as mulheres são maioria nas escolas, universidades e cursos de qualificação e atualização profissional. A participação feminina em todas as profissões cresceu consideravelmente nas últimas décadas, especialmente na área da educação, onde elas já eram maioria.

A Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc), por exemplo, tem no seu quadro de professores 15 mil servidoras. No ano passado, o Centro de Formação de Profissionais de Educação Básica (Cefor) promoveu a formação de 3.375 profissionais em 81 municípios, destes, 70% são do sexo feminino.

O professor Carlos Miranda, diretor de Desenvolvimento de Pessoas da Seduc (DDP), ao qual está vinculado o Cefor, detalha que o dado é surpreendente, pois diferente dos homens, as mulheres têm particularidades que mostram o quanto são fortes na luta pela conquista do espaço no mercado de trabalho. “Elas são um exemplo de determinação e superação para toda a sociedade, pois conseguem conquistar esse espaço e ainda enfrentam a dupla jornada de trabalho, marido, gravidez, filhos, todas as peculiaridades do gênero”, destacou.

A professora de História Geny das Mercês Ferreira, que atua como Intérprete de Língua Brasileira de Sinais (Libras), e Joseane Figueiredo, formada em Matemática, diretora de Ensino Médio da Seduc, enquadram-se nessa estatística, cujas carreiras elas incrementam com formações e atualizações que as habilitam a “servir” com a melhor performance possível à educação.

Geny Ferreira, que se formou para contar aos seus alunos como os fatos do passado desenham o presente e definem o futuro, desde 2008 deixou de ser apenas uma docente da rede pública estadual para ser um forte elo entre os professores de todas as disciplinas e os alunos surdos que precisam ser incluídos não só à turma na sala de aula, mas à sociedade. Ao longo de dez anos, ela fez três especializações em Libras e voltou à sala de aula para fazer a segunda graduação em Letras Libras, pela Universidade Federal Rural da Amazônia (Ufra), por meio do Plano Nacional de Formação de Professores (Pafor).

Geny e Joseane fazem parte da estatística do Ministério do Trabalho sobre mulheres que fizeram uma graduação universitária e continuaram a pavimentar a carreira com novas formações. Elas integram uma parcela de 39,1% de mulheres que se enquadram nessa categoria (os homens são 33,5%). “O profissional em Libras precisa aperfeiçoar-se constantemente para ajudar pessoas com deficiência auditiva a entenderem o mundo de forma diferente de um ouvinte normal”, reconhece Geny. Atualmente, a professora está atuando como intérprete na Escola Estadual Jarbas Passarinho, em Belém. “Desde o primeiro contato que tive com a Linguagem de Sinais, senti que era minha grande vocação”, acrescentou.

A qualificação e a experiência como educadora foram determinantes para que a professora de Matemática Joseane Figueiredo assumisse o cargo de Diretora de Ensino Médio da Seduc, há quase três anos. Mesmo a secretaria sendo uma instituição com predominância de mulheres, a direção do Ensino Médio, nos últimos 12 anos, foi ocupada por homens.

Especialista em Educação, a diretora tem outras três especializações na área da docência e sempre está disposta a utilizar parte do tempo livre do trabalho em novas formações. “Meu pai era também professor de Matemática da rede pública estadual; então, desde cedo convivi com a educação, pela qual sempre tive grande paixão. Portanto, trabalho focada em constantes formações. É o melhor caminho para um profissional de carreira no serviço público”.