Estado e setor pecuário discutem diretrizes do Programa de Integridade da Cadeia Produtiva
No encontro também foram expostos os avanços para tornar o Pará, em 2024, área livre de Febre Aftosa sem vacinação
O Governo do Pará, que está desenvolvendo o Programa Estadual de Integridade e Desenvolvimento da Cadeia da Pecuária, promoveu na quinta-feira (19) encontro com o setor para definir as diretrizes do programa. Essa iniciativa também será vinculada aos demais programas ambientais já implantados, garantindo o desenvolvimento da cadeia e a qualidade do rebanho, promovendo a sustentabilidade e aumentando a produtividade e renda dos produtores.
Representantes do setor se reuniram para definir diretrizes do programa estadual para a cadeia produtivaA Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), cuja atuação é essencial a esse segmento econômico, foi representada no encontro, ajudando a definir a montagem de um grupo de trabalho, composto por representantes de órgãos estaduais, do setor produtivo, da indústria da carne e do Terceiro Setor, para que as diretrizes e metas do programa sejam desenvolvidas em comum acordo. O resultado desse trabalho será publicado posteriormente pelo governo do Estado.
O programa visa ao controle efetivo do trânsito de cada animal que circula no território paraense, tendo como pilares a rastreabilidade e implantação de chips no gado, a fim de preservar a cadeia em todas as fases, da produção à comercialização.
Rastreabilidade - A Agência de Defesa será responsável pela normalização do processo, elaborando um plano para este trabalho. Após aprovado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o plano será implementado no Estado com um cronograma, para que todos os animais sejam identificados.
“O programa do governo tem como pilar a rastreabilidade individual dos animais. E do ponto de vista sanitário, esse é o melhor cenário para o Estado do Pará, pois teremos o controle efetivo do trânsito de cada animal que circula dentro do Estado. Vamos desenvolver um plano de trabalho para que o programa seja implantado no Pará, trazendo mais qualidade e valorização ao nosso rebanho”, disse o diretor-geral da Adepará, Jamir Macedo.
Vacinação contra Aftosa – Ainda no encontro, Jamir Macedo destacou os avanços que a Adepará vem alcançando em relação às estratégias para retirada da vacinação contra Febre Aftosa no primeiro semestre de 2024. Atualmente, o Pará é considerado área livre da doença com vacinação.
“O Estado do Pará compõe o plano estratégico para a retirada da vacina, elaborado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária, em que no primeiro semestre de 2024 será realizada a última etapa da vacinação, e o Estado será considerado zona livre de febre aftosa sem vacina. É mais um avanço para o setor pecuário paraense, possibilitando a abertura de novos mercados, geração de mais empregos e renda”, ressaltou o diretor-geral da Adepará.
Indicadores - Para obter o novo status sanitário de zona livre da doença sem vacinação é necessário seguir os indicadores estabelecidos no plano Estratégico Estadual de Erradicação da Febre Aftosa. A Adepará já realizou 88% das ações previstas no plano, e trabalha para atingir a totalidade. O novo status sanitário possibilitará a abertura de outros mercados para o setor pecuário paraense, além de gerar empregos e renda.
Os estados de Goiás, Espírito Santo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e Tocantins, e ainda o Distrito Federal, também iniciaram o processo de suspensão da vacina este ano.
Atualmente, no Brasil somente os estados de Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do Sul, Acre e Rondônia, e partes do Amazonas e do Mato Grosso têm a certificação internacional de zona livre da febre aftosa sem vacinação.