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UsiPaz Pe. Bruno Sechi reúne selecionados do Projeto Stereocidade

Contemplado no Prêmio de Incentivo à Arte e à Cultura, da FCP, o Projeto prevê a produção de um disco inédito com músicos da periferia de Belém

Por Aline Seabra (HEMOPA)
19/10/2023 22h42

Uma reunião para apresentar e alinhar os selecionados do Projeto Stereocidade, contemplado no Prêmio Fundação Cultural do Pará de Incentivo à Arte e à Cultura, ocorreu nesta quinta-feira (19), na Usina da Paz Pe. Bruno Sechi, no bairro do Bengui, em Belém. O Projeto prevê a produção de um disco digital, com sete faixas inéditas e participação de músicos residentes em bairros contemplados pelo Programa Territórios pela Paz (TerPaz), do governo do Estado, como Cabanagem, Terra Firme, Jurunas, Guamá e Bengui, em Belém; Icuí-Guajará, em Ananindeua, e Nova União, em Marituba, todos na Região Metropolitana.Reunião de apresentação dos participantes do projeto musical

“Stereocidade” é uma parceria da Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), visando selecionar talentos autorais e reunir a cena musical dos subúrbios da Amazônia. “As Usinas da Paz desempenham um papel crucial na comunidade, atraindo projetos e apoiando artistas locais. Isso enriquece a experiência cultural da cidade ao promover a diversidade artística. Ao expandir o acesso a novos gêneros musicais e talentos, a Usina contribui para quebrar a monotonia cultural e apresenta novas experiências ao público”, explicou Juliana Chaves, coordenadora-geral da UsiPaz Pe. Bruno Sechi.

Ruy Montalvão,idealizador e coordenador do projetoPara Ruy Montalvão, idealizador e produtor cultural do “Stereocidade”, destacou a importância do projeto em bairros periféricos. “Um artista talentoso enfrenta dúvidas devido à vulnerabilidade artística em um ambiente desfavorável, às vezes desistindo de sua carreira musical. É crucial fornecer apoio, mentoria e programas de capacitação para talentos em áreas desfavorecidas. Conscientização sobre as dificuldades enfrentadas por artistas nessas condições pode promover compreensão e apoio da comunidade, impulsionando o reconhecimento e crescimento desse potencial excepcional”, explicou o produtor.

Margarete Almeida (Margal) quer inspirar outros artistasInspiração - Uma das selecionadas, Margarete Almeida (conhecida como Margal), representa o bairro do Guamá. Deficiente visual, ela abraçou a conquista como uma oportunidade de inspirar pessoas com deficiência. “Temos muitos artistas na periferia que ainda não tiveram oportunidade, muito menos quando têm alguma deficiência. Acredito que serei um grande incentivo para esta população, principalmente do bairro do Guamá”, disse a artista.

Nickson Júnior quer levar cultura popular às feiras e praçasO MC Benício Oliveira (conhecido no Rap como Beni Oliver), representa o bairro da Terra Firme. “Me considero um carteiro, pois entrego a mensagem que quero passar através da música. Na periferia temos muitos diamantes, que só precisam ser lapidados. Por isso, é essencial que projetos como esse tenham crescimento nas periferias. Quero mostrar para a juventude e a criançada que é possível sair do crime e chegar aonde sonhamos. Sou um exemplo disso”, afirmou.

Para Nickson Júnior, agente cultural no bairro do Bengui, o objetivo do seu grupo “é levar os ritmos populares para pessoas nas feiras e praças, onde o povo está. Já temos um bom resultado, e com esse projeto acredito que avançaremos ainda mais”.