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UsiPaz Cabanagem recebe abertura da IX Semana da Criança e do Adolescente

Iniciativa do MPPA em parceria com a Seac, evento contou com orientações jurídicas na área familiar, emissão de documentos e atendimentos médicos

Por Aline Seabra (HEMOPA)
19/10/2023 15h38

Nesta quarta-feira (18), crianças e adolescentes da Usina da Paz Cabanagem, em Belém, assim como estudantes de mais quatro escolas estaduais - Frei Daniel, Placídia Cardoso e Cônego Batista Campos -, participaram da IX Semana da Criança e do Adolescente. A iniciativa é do Ministério Público do Pará, em parceria com Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac), e teve como tema "O Impacto das Telas na Infância e Juventude".

O evento contou com diversos serviços à comunidade, como atendimento e orientações jurídicas na área da família, como guarda, pensão, divórcio, dissolução de união estável,  convivência familiar e reconhecimento de paternidade biológica e afetiva, atividades pedagógicas, atendimento médico, psicológico e odontológico. Além disso, houve emissão de RG, certidão de nascimento e Balcão Cidadão da Fundação ParáPaz.  

Para a promotora de Justiça da Infância e Juventude, Viviane Veras, o ensino lúdico é uma abordagem educacional eficaz. "Decidimos a cada ano escolher um tema para debater com a comunidade, sem esquecer do lúdico e do brincar, por isso do tema 'O impacto das telas na infância e juventude'. Hoje nós realizamos aqui na UsiPaz Cabanagem, pelo segundo ano consecutivo, nossa abertura, com crianças e adolescentes que vão se apresentar, e mostrar sua arte a partir do conhecimento dado", contou Viviane Veras.

Já a promotora de Justiça e coordenadora do Centro de Apoio Operacional da Infância e Juventude, Mônica Freire, respalda a ideia de que a arte é um meio poderoso de expressão. "A Semana da Criança e do Adolescente é um evento que a gente realiza há 9 anos, e agrega diversos serviços prestados à sociedade, e esse ano nós trouxemos o tema com relação à prejudicialidade do excesso de telas para crianças e adolescentes. Os promotores foram em diversas escolas que compõem os territórios de cada usina. E hoje, quatro dessas escolas, a partir do que eles ouviram dos promotores com seus professores, produziram arte. Não tem nada melhor do que o ser humano expressar o que aprendeu através desse canal de comunicação", informou Mônica.

Durante a programação, houve premiações para as melhores redações, produzidas nas próprias escolas e no curso redação da UsiPaz, com o tema do evento. Uma das redações premiadas foi da aluna Luana Sousa, de 28 anos, que está fazendo um curso de redação e preparatório para o Enem, na UsiPaz Cabanagem. "Eu convivo com isso no meu dia a dia, porque eu sou mãe de duas crianças, de 5 anos e 11 anos. É difícil, como mãe, controlar o uso das telas dos filhos no dia a dia. Minha filha, por exemplo, não gosta de brincar em ambiente externo, prefere ficar jogando no celular", contou Luana.

A professora de língua portuguesa da UsiPaz Cabanagem, Evileny Gonçalves, defende a importância das crianças compreenderem os riscos de passar longas horas em frente às telas. "Esse tema é extremamente pertinente não só para os pais como também para as crianças que já nasceram imersos nessa tecnologia, pois não conseguem enxergar limite do que pode, do que não pode, até que horas acessar. Por isso, precisam ouvir tudo o que é abordado e o perigo de estar nas telas, e isso acaba prejudicando o desenvolvimento dentro da escola, além de prejudicar a visão. As crianças precisam saber que o uso das telas pode estar sendo inadequado, e através da linguagem lúdica, com músicas e poemas, ela pode compreender o risco que pode estar correndo diante dessa vida tecnológica", explicou Evileny.

Para a coordenadora pedagógica Francinete Quaresma, da escola Placídia Cardoso, é importante o uso das telas, porém, com moderação para o próprio benefício do adolescente. "O tema traz um debate muito importante sobre a era digital e dentro do contexto da educação, eles precisam saber dosar para que uso das telas não venham atrapalhar o cotidiano da escola. Mas que eles possam usar isso em benefício próprio, para realizar pesquisas, buscar informações que venham contribuir para o seu processo de ensino. Nós, enquanto educadores, temos que ter todo esse cuidado também, de incentivar o uso adequado, mostrando os benefícios e os malefícios do uso excessivo das telas", disse Francinete.

O aluno Clemerson Júnior, de 13 anos, da escola Placídia Cardoso, aprovou a iniciativa. "É muito importante estar aqui vendo tudo isso, pois aprendi sobre o uso do celular e também que pode viciar. Quando a pessoa fica viciada, ela perde as boas práticas, não tem um corpo saudável, não consegue fazer atividades", contou Clemerson.


Texto: Matheus Maciel sob supervisão de Aline Seabra (Nucom/Seac)