Sespa destaca serviços para pacientes com osteoporose
Estima-se que 50% das mulheres e 20% dos homens com idade igual ou superior a 50 anos sofrerão uma fratura osteoporótica ao longo da vida
A osteoporose é uma doença metabólica caracterizada pela diminuição da massa óssea que causa aumento da fragilidade óssea aumentando a possibilidade de fraturas. É uma doença silenciosa, pois evolui sem sintomas até a ocorrência de uma fratura. Estima-se que aproximadamente 50% das mulheres e 20% dos homens com idade igual ou superior a 50 anos sofrerão uma fratura osteoporótica ao longo da vida.
Nesta sexta-feira, 20 de outubro, Dia Mundial Contra a Osteoporose, a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa) reforça que devido à elevada prevalência, a osteoporose representa um sério problema de saúde pública.
“No Brasil cerca de 10 milhões de pessoas convivem com a doença, no entanto somente 20% sabem ter a doença. Para a região Norte do Brasil, a prevalência de osteoporose é de 3,8% para os homens e 24,0% para as mulheres. O Sistema de Informação da Atenção Básica (Sisab), indica que, entre janeiro a setembro de 2023, no Pará, houve 2.848 atendimentos lançados no sistema relativos à osteoporose”, destaca Amujacy Vilhena, gestor da Coordenação Estadual de Saúde do Idoso, da Sespa.
Vilhena explica que, “certos medicamentos podem levar ao enfraquecimento dos ossos e aumento do risco de fraturas, a exemplo dos corticoides, assim como o histórico familiar da doença e fratura, além de outras causas que podem favorecer o desenvolvimento da doença, como: alimentação inadequada, tabagismo, alcoolismo, sedentarismo e deficiência de vitamina D”.
O atendimento a pacientes com osteoporose pode começar na Unidade Básica de Saúde e após avaliações clínicas o paciente pode ser encaminhado para uma Unidade de Referência. “Pacientes com osteoporose devem ser avaliados periodicamente em relação à eficácia do tratamento e desenvolvimento de toxicidade aguda ou crônica. A existência de centro de referência facilita o tratamento em si, bem como o ajuste de doses conforme necessário e o controle de efeitos adversos. Os medicamentos para o controle da osteoporose disponíveis no SUS, são: vitamina D e cálcio, raloxifeno, estrógeno conjugado (comprimido de 0,3 mg), calcitonina (spray nasal) e os bisfosfonatos orais (alendronato e risedronato)”, ressalta o coordenador de Saúde do Idoso.
A Coordenação Estadual de Saúde do Idoso (Cesid), sob chefia da Diretoria de Atenção Primária à Saúde (Dpais), realiza a ações de monitoramento, educação em saúde e de sensibilização com os usuários, gestores e profissionais quanto aos fatores de riscos que podem levar o indivíduo ao desenvolvimento da osteoporose e do tratamento da condição.
As ações são realizadas em diversos municípios do Estado, assim como no projeto TerPaz, e essas impactam diretamente na atenção à osteoporose e demais patologias relacionadas à pessoa idosa. São elaboradas cartilhas, folders, panfletos, e palestras no intuito da promoção e prevenção da saúde da população e qualificação dos serviços de saúde do Estado.