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CIIR destaca a importância da prevenção e tratamento da osteoporose

Unidade do Governo do Estado oferece consultas médicas, exames que ajudam a diagnosticar a doença, entre outros cuidados

Por Pallmer Barros (CIIR)
18/10/2023 11h00

A próxima sexta-feira (20) é marcada pelo Dia Mundial e Nacional da Osteoporose, campanha dedicada à conscientização para a prevenção, diagnóstico e tratamento que visa tornar uma prioridade global de saúde. O Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, adere à mobilização com a oferta de serviços de saúde pública à população paraense por intermédio de consultas médicas e exames ambulatoriais, como a densitometria óssea.   

"A comorbidade enfraquece a massa óssea, tornando o osso frágil, mais suscetível a fraturas, em muitos casos. A doença é predominante em idosos, não possui sintomas que alarmem, por isso, devem ser feitos exames rotineiros para verificar a densidade óssea das pessoas idosas ou na pós-menopausa, no caso das mulheres. Mas, não são somente elas as afetadas, os mais novos podem adquirir, geralmente, por algum tipo de doença ou por uso de medicamentos, como os corticóides, pois esses podem alterar o metabolismo do cálcio”, esclarece a ortopedista do CIIR, Eduarda Lima, pontuando ainda que os exames devem ser realizados a partir dos 50 anos para o público feminino e, 60 a homens. 

Alguns sinais prévios surgem e podem denotar que a doença está instalada no organismo, como, por exemplo, as dores crônicas e difusas, instaladas por todo o corpo. “Outro fator que contribui para o surgimento da osteoporose é a falta de investigação precoce e acompanhamento médico regular para que possa definir o diagnóstico. Dessa forma, é comum a doença ser descoberta tardiamente”, alertou a médica.

Cuidados - De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 40% das pessoas acima dos 65 anos apresentam níveis de vitamina D no organismo abaixo do normal. Por isso, a nutricionista clínica do Centro de Reabilitação, Luana Oliveira, afirma que para a prevenção “é importante ingerir alimentos ricos em cálcio, como a exemplo, o leite, feijão, iogurte natural, carne de peixe e queijo muçarela são algumas dicas para prevenir a doença e não comprometer a sua qualidade de vida”.

De acordo com dados da Federação Internacional de Osteoporose (IOF – International Osteoporosis Foundation), aproximadamente, 10 milhões de brasileiros possuem a doença. Segundo informações da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, o número de casos de osteoporose é maior em mulheres no pós-menopausa, sendo em média, um caso registrado para cada três mulheres. “Com a interrupção da menstruação, ocorre a diminuição dos níveis de estrógeno (hormônio feminino), que é fundamental para manter a massa óssea em vigor”, explica a médica Eduarda Lima.

Em acompanhamento no CIIR há cerca de três anos, Maria de Oliveira, de 68 anos, descobriu que tinha a doença durante a fase da menopausa. 

“Durante o tratamento de menopausa, apresentei alguns sintomas, em 2020. O médico reumatologista aqui do Centro de Reabilitação solicitou a densitometria óssea para eu realizar e fez o diagnóstico. A partir daí realizo acompanhamento no CIIR e pretendo seguir o atendimento, porque adoro os serviços de saúde ofertados pela instituição. Faço a ingestão de vitamina D, pratico hidroginástica e realizo alimentação balanceada para controlar a doença”, disse.

Da mesma forma, a osteoporose pode atingir homens, também sendo associada à deficiência hormonal. “No caso masculino, é a testosterona. Ainda assim, existem outros fatores que podem favorecer ao desenvolvimento da doença em ambos os sexos, tais como, disfunções das glândulas paratireoides e tireoide, vida sedentária, tabagismo, diabetes, artrite, quimioterapia, cirurgia bariátrica e hereditariedade”, acrescenta.

Alerta - A osteoporose pode ser comum em Pessoas com Deficiência (PcD) Física tendo como diagnóstico a Osteopenia de Desuso. De acordo com a ortopedista, a razão é “porque fica, de acordo com a limitação, um longo período parado e o osso acaba ficando mais frágil”, explica Eduarda Lima, que informa ainda que a instituição disponibiliza junto à ortopedia, um acompanhamento multiprofissional com a reumatologia, nutrição, geriatria e endocrinologia.

A ortopedista complementa indicando que a atividade física é um aliado para o bem-estar, como a prática de musculação e caminhada, por exemplo. “Movimentando-se, fica ativo tanto mentalmente, quanto fisicamente; a sua musculatura e seus ossos ficam fortalecidos, prevenindo-o de quedas”, detalha.

Perfil - O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcDs) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento das Unidades de Saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez faz o encaminhamento à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual (SER).

Serviço: O CIIR é um órgão do Governo do Pará administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Centro funciona na rodovia Arthur Bernardes, n° 1000, em Belém. Mais informações: (91) 4042.2157 / 58 / 59.