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ENCONTRO TÉCNICO

Rede Nacional de Qualidade de Vida debate saúde mental de servidores da segurança

O evento foi realizado em Brasília, e teve a participação da servidora da Seap Elainne Lobo, coordenadora de Assistência e Valorização do Servidor

Por Governo do Pará (SECOM)
30/09/2023 01h29

O Ministério da Justiça e Segurança Pública (MSJP), por meio da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), promoveu durante esta semana, em Brasília (DF) o 3º Encontro Técnico da Rede Nacional de Qualidade de Vida. O evento reúne agentes de segurança pública dos 26 estados da Federação e do Distrito Federal. Participam também agentes da Polícia Federal (PF), Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen). A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) esteve presente com a Coordenadoria de Assistência e Valorização do Servidor (CAVS).O evento enfatizou a prevenção ao suicídio

O objetivo foi debater a melhoria da qualidade de vida dos profissionais que atuam na área de Segurança Pública, por meio de palestras e intercâmbio de boas práticas, sobretudo em saúde e vitimização. O evento faz parte do Programa Nacional de Qualidade de Vida para Profissionais da Segurança Pública (Pró-Vida), da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp), e buscou rearticular a Rede Pró-Vida, no âmbito do desenvolvimento das políticas públicas da Senasp e no aprimoramento das iniciativas institucionais, com ênfase em saúde mental, uma das prioridades listadas pela Portaria 439/2023.

O documento regulamenta as áreas temáticas e os itens financiáveis, nos exercícios orçamentários de 2023 e 2024, com os recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública. Pela Portaria, 10% do montante do Fundo deverá ser empregado em um plano de ação para melhoria da qualidade de vida dos servidores da área.

Elainne Lobo, coordenadora da CAVSElainne Lobo, coordenadora da CAVS, da Diretoria de Gestão de Pessoas da Seap (DGP), participou do evento e atestou sua importância para a troca de experiências e aprendizado. Segundo ela, foram abordadas pautas voltadas à prevenção de agravos de saúde inerentes ao trabalho dos agentes de segurança pública.

Boas práticas - Foram apresentados projetos de boas práticas por forças de segurança pública, como Polícia Militar, Corpo de Bombeiros e outras instituições que têm muitos casos de óbitos de servidores por suicídio. “O que não é a nossa realidade. A realidade da Seap Pará é de um caso há três anos. Estamos há três anos sem casos de suicídio”, relatou.

“Foi muito interessante porque permite vislumbrar (esses projetos) para nossa Secretaria. O evento demonstra a preocupação do Ministério da Justiça, através do Senasp Pró-Vida, com essa pauta, que envolve a saúde física e mental dos agentes de segurança pública pelas especificidades e o risco inerentes ao trabalho”, disse Elainne Lobo.

Mesmo sem registro de casos recentes de suicídios na Seap, a CAVS faz o monitoramento e acompanhamento dos servidores. “Os servidores com atestados médicos na questão do adoecimento, no sentido psíquico, são repassados à equipe psicossocial, para que possa acompanhar esse servidor”, informou.

Segundo a coordenadora da CAVS, a preocupação com a saúde do trabalhador da segurança pública está vindo “diretamente do Governo Federal, e todas as forças de segurança estão com essa preocupação”. A Seap, disse ela, já desenvolve um trabalho de assistência com ações preventivas para seus servidores, incluindo atendimentos especializados realizados por uma equipe multiprofissional, com psicólogo, assistente social, nutricionista e enfermeiros.

Também são realizadas campanhas preventivas de saúde e a “CAVS Itinerante”, que leva toda a equipe técnica de assistência para dentro das unidades penais. Os gestores das unidades encaminham casos para a CAVS, que pode promover uma ação na unidade penal ou receber o servidor para atendimento na Coordenadoria de Assistência.

Atenção - A coordenadora orienta o servidor a ficar atento e praticar o autocuidado com a saúde física e mental, realizando um check-up anual, por exemplo. Elainne Lobo ressaltou ainda que a pessoa percebe mudanças no comportamento, como: alterações no sono; distúrbios no apetite; ansiedade; tensão e alteração no humor.

“Se ele começar a ficar triste, desmotivado, se afastar das pessoas. Queixas de esquecimento, dentre outros sintomas, já são preocupantes. Quando ele começar a perceber que está apresentando comportamentos que não apresentava antes, que busque ajuda, ou os colegas que percebam podem acionar a CAVS. Nós estamos sempre à disposição para o servidor que necessite”, reforçou.

Elainne Lobo disse ainda que algumas orientações são fundamentais para manter a saúde mental do servidor, como atividade física, momentos em família e boas noites de sono.

A coordenadora destacou também que o servidor não deve ter vergonha em buscar o atendimento observar que está precisando de ajuda. “A gente tem a CAVS, que está de portas abertas pra atender esse servidor, sempre”, garantiu a coordenadora.

Texto: Márcio Sousa - NCS/Seap