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Protocolo de Parto Seguro traz tranquilidade para mãe e bebê no Hospital Abelardo Santos, em Belém

Maternidade do Pará conta com infraestrutura para partos humanizados, além do acompanhamento de fisioterapia 

Por Ascom (Ascom)
15/09/2023 10h31

Para manter uma assistência assertiva, humanizada e segura, o Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), no distrito de Icoaraci, em Belém, adota medidas que visam garantir mais segurança a mães e bebês com a adoção do Protocolo de Parto Seguro.

"A base da construção do Protocolo de Parto Seguro é desenvolver estratégias de gestão e atendimento para promover à parturiente, ao recém-nascido e à família uma assistência segura e humanizada no processo de parto e nascimento, levando sempre em consideração a atuação profissional pautada nas melhores evidências científicas e o protagonismo da gestante", disse o enfermeiro obstetra Vitor Pantoja. 

O processo do protocolo se inicia no acolhimento, onde é feita a classificação de risco em obstetrícia, realizada pela equipe de enfermagem do Pronto-Socorro Obstétrico. Ele transcorre durante a evolução da parturiente para a fase ativa do trabalho de parto até ao nascimento do bebê. Entre os benefícios estão a experiências positivas da mãe e de sua rede de apoio, a diminuição da morbidade materna e neonatal e o respeito ao protagonismo da mulher. 

Yasmim Lima, de 25 anos, vive a experiência da maternidade pela primeira vez. A jovem conta que passou parte de sua gestação planejando o momento em que traria Ana Laura ao mundo. Entre tantas pesquisas, o local escolhido foi a maternidade do Abelardo Santos. "Algumas pessoas da minha família já foram atendidas no HRAS. Gostaram, recomendaram. Elas se sentiram seguras com os cuidados que receberam", comentou.

Quem também chegou até a unidade através de indicação foi Fabiana Pires de Araújo, de 33 anos. Ela e a família, que moravam em Ribeirão Preto, em São Paulo, mudaram-se para a vila de Quatro Bocas, localidade que fica distante aproximadamente três horas do município de Tomé-Açu, no nordeste paraense. Ela e a família se programaram para fazer o deslocamento até Belém porque o objetivo era ganhar a pequena Luiza, no Hospital Abelardo Santos. 

“Pessoas próximas a nós indicaram esse hospital, inclusive o meu médico. Passei por duas consultas na urgência antes do parto e fui muito bem atendida, inclusive tive suporte de exame de ultrassom. Na segunda vez ,já tive que permanecer, pois eu já estava com pouco líquido e precisei ser submetida a uma cesárea. Foi tudo ótimo. Estrutura muito boa, profissionais capacitados e organizados. A equipe estava completa na sala de parto e sempre dispostos a ajudar”, elogiou. 

Sem tempo para acionar a rede de apoio, Fabiana e o marido encontraram o suporte que precisavam nos profissionais do HRAS.  “Foi rápido, não tínhamos com quem deixar os nossos outros filhos, e os próprios colaboradores nos ajudaram, ficando com eles. Foi assim que meu marido conseguiu acompanhar o parto. Estávamos perdidos, porque não somos daqui. Mas, tudo ocorreu bem, minha filha nasceu saudável e no tempo certo, pesando 3.826 e medindo 50 centímetros”, relembrou.  

Treinamento - Toda a equipe do Complexo Obstétrico é devidamente orientada às práticas que fazem parte do Protocolo de Parto Seguro.

"O treinamento é um dos meios de desenvolver competências dos colaboradores para se tornarem mais assertivos nas suas atividades. Desta maneira, o NEAS, em parceria com a obstetrícia, organizou um cronograma alcançando todos os turnos para difundir o Protocolo de Parto Seguro. A etapa de capacitação é fundamental para a implantação de qualquer protocolo em saúde, como estratégia para criar um espaço de discussão, análise e reflexão sobre as boas práticas do cotidiano das equipes", observou Jamilly Silva, responsável pelo Núcleo de Educação Assistencial (NEAS). 

Para Renata Oliveira, diretora assistencial, o Protocolo determina as medidas para aumentar a segurança no parto e no puerpério. " As ações são baseadas na Lista de Verificação para o Parto Seguro da Organização Mundial da Saúde (OMS), que devem ser aplicadas para reduzir os danos para as mães e os recém-nascidos. O documento dá  atenção às principais complicações, como hipertensão (pré-eclâmpsia e eclâmpsia); hemorragias graves e infecções", diz a gestora. 

A conduta estabelece medidas voltadas aos médicos, profissionais da enfermagem e equipe multidisciplinar. "Ele estabelece práticas na admissão; antes da expulsão do bebê, (ou antes da cesariana); no nascimento, na alta. Além disso, descreve as atividade e detalha, ponto a ponto, a atuação dos profissionais, além da a prevenção da transmissão vertical de HIV, sífilis e hepatites virais; da presença de um acompanhante durante o pré-parto, parto e pós-parto e das orientações quanto aos sinais de alerta", detalha Renata Oliveira. 

Serviço: O Centro Obstétrico HRAS conta com duas salas de cirurgias, para além das cesáreas, são realizados procedimentos como a laparotomia exploratória, curetagem e revisão de colo, por exemplo. O Hospital é público, administrado pelo Instituto Mais Saúde, em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa).

Texto: Ascom HRAS