Economia de baixo carbono é defendida pela Semas durante Conferência Internacional
Titular da secretaria de meio ambiente do Pará defendeu também o apoio da indústria para alcançar o objetivo
O secretário de Meio Ambiente e Sustentabilidade do Pará, Mauro O’de Almeida, saiu em defesa de que as grandes indústrias, principalmente as do setor mineral, ajudem a financiar a transição econômica do Estado para uma economia de baixo carbono. A ação reduzirá a degradação com cada vez mais respeito e cuidado com o uso do solo e dos recursos naturais. A defesa ocorreu nesta quinta-feira (31), durante a Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias, no Hangar, em Belém, no painel ‘Uma nova relação com a natureza e com as pessoas’.
“O Pará foi o primeiro estado do Brasil a lançar o Plano de Bioeconomia, que prevê uma série de ações e de soluções baseadas na natureza florestal para pavimentar esse caminho da transição econômica. Atualmente, trabalhamos, na perspectiva desse evento, o legado que a indústria da mineração pode proporcionar com o financiamento dessa transição econômica para uma economia de baixo carbono, que não vai ocorrer de uma hora para outra. Somente o PlanBio prevê 92 ações, em diversas frentes. Uma delas é a implantação do Parque de Bioeconomia, que na verdade será um ecossistema de bioeconomia, contendo sete espaços de inovação com o objetivo de identificar iniciativas, aportar recursos em pesquisa, conectar com o mercado e criar capacidades para uma cultura de bionegócios no estado. Portando, temos o nosso desafio é grande e necessita de apoio”, informou o secretário.
Tecnologia e Meio Ambiente
Outro destaque apresentado pelo titular da Semas foi a transformação digital que vem sendo implementada no âmbito da Secretaria. A iniciativa garantiu, por exemplo, o pioneirismo ao Pará no âmbito nacional, com os lançamentos do Cadastro Ambiental Rural Automatizado (CAR 2.0), Módulo de Inteligência Territorial (MIT) e SeloVerde, no início deste mês, durante os ‘Diálogos Amazônicos’.
Na ocasião, foram validados, por meio do CAR 2.0, de uma única vez, mais de 43 mil cadastros de pequenos produtores rurais de diversas regiões do Estado, além de outros 55 mil produtores que possuíam alguma pendência e que foram encaminhados para o Programa de Regularização Ambiental (PRA).
Avanços também foram conquistados com o MIT, que integra informações ambientais, fundiárias e produtivas para aprimorar os processos de gestão territorial e de cadeias de valor chave para a economia paraense, com foco inicial na pecuária, e o SeloVerde, que em sua nova versão passou a integrar diariamente 30 conjuntos de dados de 12 instituições estaduais e federais, fornecendo um diagnóstico mais completo para garantir a rastreabilidade da pecuária paraense.
“A Semas tem feito a transformação digital de seus serviços a partir desses sistemas públicos como o SeloVerde, MIT [Módulo de Inteligência Territorial] e o CAR automatizado, que permitiu com que voltássemos mais de 43 mil cadastros de produtores rurais sem pendências e 55 mil validados com pendências a serem solucionadas. Isso exemplifica a nossa preocupação com a questão ambiental e o nosso compromisso com a inovação”, complementou Mauro O’de Almeida.
A Conferência Internacional Amazônia e Novas Economias segue até esta sexta-feira (1), com ampla programação de palestras e mesas de debates sobre soluções que conciliem o desenvolvimento econômico, a redução das desigualdades e a conservação das florestas e da sociobiodiversidade.