Com novo espaço, Seap amplia vagas para ensino no Presídio Metropolitano
Mais 200 vagas foram criadas para custodiados da unidade penal, que dispõem de biblioteca e salas climatizadas
O novo espaço educacional do Presídio Estadual Metropolitano I (PEM I), localizado em Marituba, município da Região Metropolitana de Belém, foi entregue nesta Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) nesta segunda-feira (28). Foram criadas mais 200 vagas de ensino, para atender a todas as atividades educacionais da unidade penal.
O evento contou com a presença do secretário adjunto de Gestão Operacional da Seap, Ringo Alex Frias; do secretário adjunto de Logística da Secretaria de Estado de Educação (Seduc), Belmiro Neto, e de diretores, coordenadores e servidores de ambas as secretarias.Autoridades e internos na entrega do novo espaço educacional
Com a reforma e ampliação do novo espaço, a unidade conta com biblioteca e salas de aula, sendo uma para ensino a distância (EaD). Todos os ambientes são climatizados. As antigas salas de estudo também serão reformadas e destinadas a cursos para os custodiados.
“O resultado imediato é a tranquilidade dentro do cárcere, trazendo como consequência imediata a redução das ocorrências. Mas, principalmente, a gente cumpre com a nossa missão institucional em promover a reintegração social através de um espaço inovador, para que essas pessoas possam atingir todos os seus objetivos, e que a gente tenha paz social e a redução também nos índices de criminalidade no nosso sistema penitenciário”, ressaltou Ringo Alex.
Parceria – A Seduc, além de contribuir com os professores, forneceu as centrais de refrigeração para os ambientes, carteiras e quadros, e doou mais 20 computadores.
Belmiro Neto garantiu que a Seduc vai continuar contribuindo para que a educação no cárcere continue melhorando. “É preciso dar dignidade para os nossos alunos do sistema penal, porque ao fazer isso eles podem ter condições melhores para aprender”, frisou Belmiro Neto.
Ainda segundo ele, “a educação é a chave de tudo. Se nós tivermos uma educação dentro do sistema penitenciário que possa provocar estes alunos, eles não vão voltar a rescindir, e vão sair daqui preparados com uma profissão”.
Válber Duarte, diretor de Reinserção Social, explicou que a gestão enfatiza a humanização no cárcere. “Tivemos o maior número de inscritos no Encceja (Exame Nacional para Certificação de Competências de Jovens e Adultos) da história do Sistema Penitenciário paraense, com mais de 5 mil pessoas privadas de liberdade inscritas. Estamos intensificando os cursos profissionalizantes nas 53 unidades penitenciárias do Estado. Hoje, nós contamos com cerca de 2 mil cursos profissionalizantes. A construção desses três espaços é muito importante para a educação. Isso nos mostra que estamos no caminho certo”, disse Válber Duarte.
A importância da ampliação das salas de aula é poder inserir mais pessoas privadas de liberdade em atividades educacionais, como Educação de Jovens Adultos (EJA), Instituto Brasileiro de Educação e Meio Ambiente (Ibraema), educação a distância ou cursos de capacitação. O benefício é oportunizar aos custodiados a conclusão dos estudos, e assegurando a formação indispensável para o exercício da cidadania.
Texto: Kaila Fonseca e Yasmin Almeida - Ascom/Seap