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Aula prática encerra treinamento de fiscais que atuam no monitoramento da mosca-da-carambola

Engenheiros agrônomos da Adepará conheceram os tipos de armadilhas que devem ser usadas para captura do inseto

Por Rosa Cardoso (ADEPARÁ)
12/08/2023 00h52

Coordenador do Programa Estadual montando armadilhas usadas no monitoramento da mosca-da-carambola Uma aula prática na Superintendência Federal de Agricultura do Pará encerrou o 2º Encontro de Supervisores do Programa Estadual de Erradicação da Mosca-da-Carambola, que reuniu 15 fiscais agropecuários de 20 Regionais da Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará).

O treinamento em Belém atualizou e habilitou os engenheiros agrônomos da Agência para o cumprimento das ações do programa nacional, que é executado há 18 anos no Pará. Na aula prática foram abordados os tipos de armadilhas que devem ser usadas para captura do inseto, a posição adequada em que elas devem ser colocadas, pois devem ficar em áreas sombreadas e longe do alcance de crianças, além das informações que devem conter, como a data de inspeção.

No primeiro semestre de 2023, mais de 1.200 armadilhas para erradicação da mosca-da-carambola foram colocadas na divisa do Pará com o Amapá, onde está localizada a área sob controle oficial. As ações também compreenderam atividades de vigilância do trânsito agropecuário e educação fitossanitária.

O monitoramento da mosca-da-carambola é obrigatório no País. O trabalho desenvolvido pela Adepará é fundamental para proteger os polos produtores de laranja, limão e tangerina, localizados no Nordeste e Oeste do Estado.

“O sucesso das ações está no trabalho que é feito no campo. Se o campo realiza um bom levantamento de detecção, se ele faz o acompanhamento e verifica se a armadilha está correta, se ele repassa essas informações para a sede, nós temos o controle de que o trabalho está sendo feito, e temos o controle para a erradicação dessa praga, garantindo renda, geração de emprego e o desenvolvimento sustentável da nossa fruticultura”, explicou Vandeilson Belfort, da Regional de Parauapebas, no sudeste paraense.

Rotas de risco - A região de Altamira, na área de influência do Rio Xingu, não tem ocorrência da praga, mas há municípios, como Senador José Porfírio e Vitória do Xingu, que são rotas de risco para a mosca por causa das embarcações que fazem linha diária para Macapá (capital do Amapá). Por isso é importante capacitar as equipes de todo o Pará, disse o fiscal agropecuário Cássio Polla, da Regional de Altamira.

“Esse treinamento é de fundamental importância para supervisionar as atividades do programa da mosca, principalmente nestes dois municípios. E temos Altamira, que é o município-polo da região, e que faz ligação com outras cidades da região do Xingu, e por isso acaba se tornando área de risco para entrada da praga”, frisou Cássio Polla.

O agrônomo Fábio Queiroz destacou a importância da defesa vegetal para manter a  fruticultura do Estado. Segundo ele, “nós sabemos que o Brasil é um País com vocação agropecuária, e o setor produtivo é muito exigente. Nós dependemos dos mercados nacionais e internacionais. Esse combate e monitoramento da mosca-da-carambola nos enriquece, melhora o nosso desempenho como fiscais agropecuários e fortalece a nossa agência de defesa”.

O Programa Estadual de Erradicação da Mosca das Frutas é realizado nos 144 municípios paraenses. Coordenado pela Gerência do Programa de Erradicação de Moscas das Frutas, o programa envolve fiscais e agentes agropecuários das 20 regionais da Adepará, atuando em Área de Foco, Zona Tampão e Área sem ocorrência da praga.

Os supervisores atuam diretamente com as equipes de campo, acompanhando, orientando e formando multiplicadores, fazendo a capacitação continuada da equipe gerar resultados.

“O encontro veio contribuir para levar as melhores ações para manter a nossa região livre dessa praga que atinge a citricultura. E vai somar com as ferramentas que nós já utilizamos na defesa agropecuária”, informou Clóvis Villacorta, da Regional de Santarém.Equipe de agrônomos das 20 Regionais da Adepará

Fortalecimento - De acordo com Wagner Xavier, coordenador de Sanidade Vegetal da Superintendência Federal de Agricultura, o treinamento dos supervisores fortalece as ações do programa nacional e mantém os municípios paraenses livres da praga, preservando a exportação da cadeia de citros no Estado. “A Adepará sempre teve um trabalho bastante eficaz. Tem um corpo técnico experiente, bem treinado, e sempre fez investimentos com recursos próprios na prevenção da praga, e se destaca como uma das mais efetivas dentro do programa nacional”, enfatizou o coordenador.

O primeiro encontro de supervisores foi realizado em 2020, e a expectativa agora é que as ações sejam executadas com mais excelência, melhorando o desempenho da Agência no programa. “A experiência que eles já têm, somada às informações que foram repassadas, vão surtir efeito, pois depois do primeiro encontro houve uma melhora nos índices de monitoramento no Estado, e eu acredito que agora os profissionais vão executar as ações nos diversos municípios, e com isso melhorar ainda mais os índices que nós desejamos”, disse Adalberto Tavares, coordenador do Programa Estadual de Erradicação da Mosca-da-Carambola.