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Adepará atualiza fiscais agropecuários sobre erradicação da mosca-da-carambola

Em Belém, supervisores da Agência participam de Encontro para aperfeiçoar as técnicas de combate à praga

Por Rosa Cardoso (ADEPARÁ)
10/08/2023 23h13

A Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará) iniciou nesta quinta-feira (10) o 2º Encontro de Supervisores do Programa Estadual de Erradicação da Mosca-da-Carambola. Executado pela Diretoria de Defesa e Inspeção Vegetal (DDIV), por meio da Gerência do Programa Estadual de Erradicação da Mosca das Frutas (GPEMF), o encontro tem o objetivo de habilitar os fiscais agropecuários para a supervisão de ações referentes ao Programa Nacional de Erradicação da Mosca-da-Carambola no Pará.

Fiscais agropecuários e engenheiros agrônomos participam da capacitaçãoDurante dois dias, 15 engenheiros agrônomos que atuam no Estado no combate e monitoramento da mosca das frutas, estão em Belém recebendo orientações sobre o programa.

No início da programação, a diretora de Defesa e Inspeção Vegetal, Lucionila Pimentel, destacou que a Adepará atua nos 144 municípios paraenses, em um trabalho que envolve fiscais e agentes agropecuários vinculados às 20 Regionais da Agência. “Eles atuam em diferentes status sanitários: Área de Foco, Zona Tampão e Área sem Ocorrência. Cada status com sua peculiaridade de ação. Os supervisores atuam diretamente com as equipes de campo, acompanhando, orientando e formando multiplicadores. Assim, a capacitação continuada da equipe de supervisão é importante para os resultados alcançados”, informou a diretora.

O gerente do programa estadual, Adalberto Tavares, apresentou um histórico das ações realizadas, incluindo levantamentos de detecção, monitoramento e delimitação da área de contenção da mosca.

Atenção redobrada - Realizado há 18 anos no Pará, o programa concentra esforços principalmente na divisa com o Amapá, especialmente no distrito de Monte Dourado, no município de Almeirim, na região Oeste.

Segundo Adalberto Tavares, a Agência  verificou que há necessidade de fortalecer esse trabalho treinando os fiscais, para que continuem fazendo as supervisões em suas Regionais. “Nós temos verificado que através do monitoramento temos conseguido êxito para manter o Estado livre da praga. Esse encontro é justamente para alinhar as ações de vigilância com os supervisores do programa nos seus municípios, para que eles estejam cada vez mais  habilitados para realizar o trabalho no campo, que consiste em combate e monitoramento, educação fitossanitária e vigilância no trânsito agropecuário”, ressaltou Adalberto Tavares.

Gabriela Cunha: conscientizar a população Conscientização - A fiscal agropecuária Gabriela Cunha, da Gerência de Educação Sanitária, abordou as atividades educativas desenvolvidas pelo programa e sua importância para conscientizar a população sobre a praga. “Nós atuamos de forma diversificada, realizando treinamentos, reuniões, palestras em escolas e distribuição de panfletos nos portos. Com isso, a gente consegue evitar que a população transite com frutos hospedeiros, e assim impedir que essa praga se dissemine pelo Pará”, acrescentou.

Ela também abordou as metas que visam manter as ações de educação fitossanitárias. Hoje o Estado do Pará possui três áreas, área de quarentena, zona tampão e área sem detecção da mosca. “Essas metas foram estabelecidas conforme o risco de entrada da praga e de acordo com o status sanitário de cada município. Com isso a praga está sob controle oficial na região de Almeirim”, garantiu a engenheira agrônoma.

Lucionila Pimentel (à esq) deatacou a importância do programa para manter o status sanitário do Pará Monitoramento - À tarde, a fiscal Luciana Marques continuou a programação orientando sobre o preenchimento das informações na planilha de monitoramento e o envio das informações do campo para a sede.

Os fiscais Joelson Souza e Jorge Góes, da Gerência de Trânsito Agropecuário (Getagro), orientaram os supervisores sobre a vigilância no transporte de frutos nos postos de fronteira, com o objetivo de evitar a disseminação da praga.

Segundo Rafael Haber, gerente de Defesa Vegetal, todo o trabalho preventivo realizado pela Adepará garante a exportação de frutos. “Nós protegemos não só o Estado do Pará, os nossos polos citrícolas, a exportação dos nossos frutos, mas também em nível nacional existem polos produtivos de frutas para exportação, a exemplo de Petrolina (em Pernambuco) e Juazeiro (na Bahia), e se a mosca chega a outros estados os países importadores podem embargar os nossos produtos. É um trabalho importante tanto em nível regional quanto nacional”, ressaltou Rafael Haber.

A programação prossegue nesta sexta-feira (11) com aula prática para os fiscais na sede da Superintendência do Ministério da Agricultura, em Belém.

Ameaça à fruticultura - A mosca-da-carambola (Bactrocera carambolae) é identificada como praga quarentenária, de grande impacto econômico para a área afetada. O inseto é considerado a maior ameaça à fruticultura nacional. Seus hospedeiros são mais de 30 tipos de frutas.

A presença da mosca pode causar graves prejuízos à cadeia produtiva da fruticultura. Por isso, a Adepará atua em três frentes de trabalho: Combate e Monitoramento, Educação Fitossanitária e Vigilância no Trânsito Agropecuário, para evitar a disseminação da praga da Área de Foco para Áreas Indenes, que ocorre no trânsito de frutos de espécies hospedeiras contaminadas.