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Semas destaca construção do Plano de Bioeconomia do Pará em fórum internacional

Iniciativa traz soluções baseadas na natureza para transformar a economia existente para uma economia de baixo carbono, com a valorização do conhecimento tradicional

Por Igor Nascimento (SEMAS)
07/08/2023 23h00

Na véspera do início da Cúpula da Amazônia, a Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) deu destaque ao processo de escuta às populações e comunidades tradicionais que ajudaram a subsidiar o Plano Estadual de Bioeconomia, nesta segunda (7), no I Fórum Internacional de Cultura, Sustentabilidade e Cidadania Climática, realizado em Belém.

Iniciativa pioneira no Brasil, o PlanBio prevê uma série de soluções baseadas na natureza para transformar a economia existente para uma economia de baixo carbono, com a valorização do conhecimento tradicional que tem domínio sobre maneiras de conservar a floresta.

“No processo de construção do PlanBio, que é uma iniciativa inovadora, escutamos pelo menos 280 líderes de povos e comunidades tradicionais, em uma ousadia sim, mas algo que não abrimos mão, pois podemos dizer, hoje, que o nosso plano é voltado para pessoas, e não em produtos. Agora, na implementação das ações, estamos avançando com as ações do Inova Sociobio, por exemplo, de fomento ao empreendedorismo e à inovação em cadeias da sociobioeconomia de povos e comunidades tradicionais. Com esse movimento, beneficiamos principalmente jovens e mulheres de comunidades indígenas, quilombolas e extrativistas, mas ainda temos muito mais vindo por aí”, destacou Camilla Miranda, diretora-geral do Núcleo Executor do Programa Municípios Verdes, vinculado à Semas.

O Planbio é uma política pública do Governo do Estado, coordenado pela Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas) e ancorado na Política Estadual de Mudanças Climáticas (PEMC), sendo também um dos componentes do eixo desenvolvimento socioeconômico de baixo carbono do Plano Estadual Amazônia Agora (PEAA).

Ao investir nos produtos prioritários da biodiversidade para a bioeconomia, estudos estimam que pode-se alcançar R$178 bilhões até 2040, um valor equivalente ao atual PIB do Estado. 

Pilares – As mais de 80 ações que compõem o plano perpassam por três eixos temáticos de sustentação: pesquisa, desenvolvimento e inovação; patrimônio cultural, genético e conhecimento tradicional associado; e cadeias produtivas e negócios sustentáveis.

“O processo de construção do Plano foi muito corajoso porque buscou escutar cinco setores diferentes da sociedade civil; colocamos em primeiro lugar os povos e comunidades tradicionais e toda a população mais vulnerável. Nesse processo, o setor privado puxou o freio de mão, a academia se manifestou no sentido de que fossem colocados no mesmo patamar o conhecimento popular e o conhecimento científico e durante 1 ano, trabalhamos sob essa perspectiva, começando por olhar para dentro da própria Secretaria para identificar o que as pessoas entendiam por bioeconomia, porque isso é fundamental. Escolhemos o caminho da bioeconomia visando a transição socioeconômica que a gente tanto precisa”, complementou Camilla Miranda. 

A gestora destacou ainda que o combate ao desmatamento também passa pelo entendimento de que a política pública precisa escutar quem vive nos territórios, para que seja possível estabelecer prioridades. 

Além da presença da Semas, o Fórum Internacional contou com a participação de gestores da cultura, educação e meio ambiente, além de pesquisadores e especialistas em áreas como economia, urbanismo e sustentabilidade, que discutiram o papel da cultura na crise climática.

O evento foi realizado por iniciativa do Consórcio Interestadual Amazônia Legal, por meio da Câmara Técnica de Cultura e do Governo do Pará, via Secretaria de Estado de Cultura (Secult), e tem co realização do Governo Federal, por meio do Ministério da Cultura, e do apoio do Instituto de Proteção Ambiental da Amazônia (Ipam).