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SAÚDE

CIIR oferece a terapia do movimento que garante melhora na recuperação de seus usuários

Por Pallmer Barros (CIIR)
02/08/2023 16h00

Referência na assistência de média e alta complexidade para Pessoas com Deficiência (PcD) e com diversas especialidades oferecidas, o Centro Integrado de Inclusão e Reabilitação (CIIR), em Belém, destaca a Cinesioterapia, uma ciência que abrange o tratamento dos sistemas neuromusculoesquelético e circulatório, por meio do exercício, como uma ferramenta utilizada na habilitação/reabilitação de usuários assistidos pelo Centro.

De acordo com o fisioterapeuta, Gladson Aires, a cinesioterapia é um dos importantes suportes proporcionados pelas especialidades de fisioterapia e fonoaudiologia que, juntas, podem contribuir na recuperação do reabilitando. 

Diagnosticada com paralisia cerebral e às vésperas de realizar uma cirurgia para correção de pé torto congênito, a pequena usuária Maria Conceição, de 8 anos, tem em seu plano terapêutico atividades que dão suporte para o seu pré-operatório. 

O profissional afirma que após a realização da cirurgia, a reabilitanda ficará com o pé engessado, onde poderá ocorrer a diminuição da mobilidade, força e massa muscular, além de rigidez articular. “Portanto, utilizamos a cinesioterapia como um recurso para minimizar as prováveis perdas decorrentes do tempo de imobilização após a cirurgia”, pontua Gladson Aires.

Paralelamente, a fonoaudiologia atua no estímulo à socialização da menina. “O atendimento é integrado justamente para trabalhar as diversas habilidades sociais. Em suas evoluções clínicas é relatado que ela tem Transtorno do Espetro Autista (TEA), e por conta disso, está em nossa meta trabalhar as habilidades comunicativas”, salienta Michele Campos, fonoaudióloga.

Para quebrar esta barreira de interação, de acordo com a profissional, é montado um plano terapêutico estimulando as suas emoções. “Dentro da atividade temos o jogo de dados com várias fisionomias, por exemplo: alegre, triste e sorridente. Quando ela jogar o dado e sair determinado ‘rostinho’, ela reproduz a expressão em seu rosto. Desta maneira, ela reconhecerá os sentimentos e, simultaneamente, fortalecerá as estruturas oromiofuncionais fazendo com que a Maria consiga falar de uma maneira bem articulada com as pessoas”. 

Durante o acompanhamento no CIIR, há cerca de três anos, segundo a mãe, Rosiene Conceição, de 39 anos, sua filha já ganhou fortalecimento não somente para o seu dia a dia, mas também para a cirurgia. 

“Atualmente, a Maria já consegue equilibrar o corpo. Com os pés, se aproxima a deixá-los planos no chão, que é o objetivo da cirurgia. Para o pós-operatório, essa iniciativa vai ajudá-la na recuperação. A fisioterapia está fazendo com que a minha filha comece a realizar o movimento sem a cirurgia. Com o procedimento realizado, ficará como estamos planejando. O próximo passo é que ela ande corretamente com os pés e/ou coloque-os no chão de forma plana”.

Referência - O CIIR é referência no Pará na assistência de média e alta complexidade às Pessoas com Deficiência (PcDs) visual, física, auditiva e intelectual. Os usuários podem ter acesso aos serviços do Centro por meio de encaminhamento das unidades de Saúde, acolhidos pela Central de Regulação de cada município, que por sua vez encaminha à Regulação Estadual. O pedido será analisado conforme o perfil do usuário pelo Sistema de Regulação Estadual (SER).

Serviço - O CIIR é um órgão do Governo do Pará administrado pelo Instituto Nacional de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O Centro funciona na rodovia Arthur Bernardes, n° 1.000, em Belém. Mais informações: (91) 4042-2157 /58 /59.