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PRÓ-MULHER PARÁ

Segup capacita 52 agentes que atendem vítimas de violência doméstica

O objetivo é aperfeiçoar servidores das Guardas Municipais da Região Metropolitana de Belém e da Companhia Independente Especial de Polícia Assistencial

Por Roberta Meireles (SEGUP)
01/08/2023 20h15

Os agentes de segurança das Guardas Municipais e da Ciepas durante a terceira capacitaçãoO Programa “Pró-Mulher Pará”, lançado pelo governo do Estado, por meio da Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (Segup), realizou nesta terça-feira (1°) a terceira capacitação para agentes das Guardas Municipais da Região Metropolitana de Belém e da Companhia Independente Especial de Polícia Assistencial (Ciepas), da Polícia Militar. Participaram 52 servidores, totalizando até agora 800 profissionais capacitados no Estado.

A qualificação tem o objetivo de preparar os servidores e aprimorar o atendimento às mulheres vítimas de violência doméstica. O Pró-Mulher Pará está presente nos municípios de Abaetetuba, Ananindeua, Altamira, Belém, Bragança, Barcarena, Marituba, Marabá, Santarém e Tucuruí.

Bruna Gemaque, da Segup, instrutora da capacitaçãoTodo o efetivo - Devido às atualizações nas leis de proteção às vítimas de violência doméstica e a inserção de novos servidores no quadro da Guarda Municipal, a gerente de Articulação Interinstitucional da Diretoria de Políticas de Segurança Pública e Prevenção Social (DPS), da Segup, Bruna Gemaque, reitera que o programa busca capacitar 100% do efetivo.

“No primeiro semestre já visitamos todos os municípios onde há implantado o Pró-Mulher, e pretendemos fazer uma nova preparação a cada seis meses, para abranger cada vez mais servidores”, afirmou Bruna Gemaque, que também foi instrutora da capacitação.

Preparação - Agente da Guarda Municipal de Ananindeua, Raquel Santos, uma das participantes, destacou a importância da qualificação para também humanizar os atendimentos às vítimas desse tipo de violência.

Agente Raquel Santos: maior preparação “Entrei agora na Guarda. O programa é novidade para mim. Percebi que, às vezes, tinha confusão para distinguir entre a Patrulha Maria da Penha e o Pró-Mulher. Mas hoje foi esclarecido como devemos atuar em certas demandas, procedimentos e ações. Para mim, a profissionalização e humanização nesse trabalho é fundamental para saber como proceder com as vítimas”, declarou Raquel Santos.

Ela disse ainda que, depois do treinamento, se sente mais preparada para lidar com algumas demandas do atendimento à mulher. “Acredito que é de suma importância esse tipo de palestra porque você aprende mais para quebrar esses paradigmas, e elas te mostram como proceder. Me sinto mais preparada porque agora sei em que frente precisamos atuar e melhorar”, afirmou.

Eficiência - O primeiro semestre de 2023 fechou com mais de 1.400 atendimentos do Pró-Mulher na Região Metropolitana de Belém, o que reflete a eficiência do programa, enfatizou Bruna Gemaque.

“Nós tivemos um aumento nas ligações para o Ciop (Centro Integrado de Operações) nos casos de denúncia de violência doméstica. Isso é um sinal de que a política pública está sendo efetiva, e a confiabilidade das vítimas está sendo alta”, informou a gerente, acrescentando que “o aumento de denúncias acontece porque as mulheres estão confiando cada vez mais no sistema”.

O programa integra as políticas públicas do governo estadual de enfrentamento à violência contra a mulher. A ferramenta funciona a partir de denúncias feitas ao canal de urgência e emergência da segurança pública, o 190 do Ciop.

No atendimento a situações que envolvam violência contra a mulher é deslocado o patrulhamento especializado, a fim de atender à ocorrência de imediato. Em casos de reincidência nas denúncias, a mulher é cadastrada no Cartão Programa, para que receba visitas semanalmente das equipes especializadas do Pró-Mulher Pará.

Texto: Emilly Melo - Ascom/Segup