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Órteses são utilizadas como recurso terapêutico no Hospital Gaspar Vianna

Órteses são dispositivos que evitam deformidades e diminuem ocorrências de encurtamentos de músculos e tendões, protegendo as estruturas articulares

Por Rafaela Palmieri (SESPA)
26/07/2023 10h43

Utilizado como um dos recursos terapêuticos para o paciente em frágil condição clínica, a Fundação Hospital de Clínicas Gaspar Vianna (HC), localizado em Belém, por meio de terapeutas ocupacionais, disponibiliza a avaliação, prescrição e confecção de órteses para pacientes internados na UTI (Unidade de Terapia Intensiva). O dispositivo é confeccionado manualmente a partir de materiais como PVC e folhas de EVA.

O trabalho inclui o uso de órteses de descompressão como uma forma de prevenir ou favorecer a melhora de lesões por pressão (danos) nas regiões de proeminências ósseas, como cabeça e calcanhar, e também de órteses para estabilização, ambos os tipos podem ser utilizados tanto por bebês quanto por adultos.

Dependendo do objetivo terapêutico, as órteses podem auxiliar nas funções e estrutura de um membro ou tecido do corpo para evitar deformidades, como explica a terapeuta ocupacional Carla Adriana do Nascimento, que atua na UTI pediátrica do HC. “A gente faz a órtese com objetivo de colocar os pacientes numa posição funcional, trazer conforto e prevenir deformidades que vão causar impacto nas habilidades sensório motoras do paciente, e consequentemente, no desempenho de práticas diárias e o brincar”, pontua. 

Os dispositivos de estabilização são confeccionados e aplicados externamente ao corpo do paciente, com objetivo de evitar o enrijecimento, o encurtamento e a disfunção de habilidades sensório-motoras. “A gente confecciona e ajusta para cada paciente, posiciona nas estruturas articulares, nos segmentos anatômicos que a gente quer proteger, imobilizar ou alinhar aquela estrutura”, explica a terapeuta ocupacional.

Funcionalidade - A importância da órtese de descompressão está diretamente ligada à melhora de lesões por pressão. “A gente conseguiu visualizar ganhos, e em alguns meses, conseguimos zerar ocorrência de lesão por pressão, que é uma coisa muito difícil, claro que é uma coisa que nem todos os meses a gente consegue, pois depende de outros fatores, mas em alguns meses a gente já conseguiu dar um salto na questão de diminuir a ocorrência de lesão por pressão nesses pacientes”, disse Carla Adriana. 

A profissional destacou ainda a colaboração da equipe médica, dos técnicos de enfermagem e das enfermeiras para os resultados obtidos com a utilização das órteses como recurso terapêutico no HC.

Envolvimento - Durante a abordagem com a família, são orientados em relação ao uso das órteses, “explicamos o que estamos posicionando no filho deles, para que serve, qual é o objetivo e respondemos às dúvidas”, explica Dra. Carla Adriana.

Rosilene Tavares da Conceição, moradora de São Domingos do Capim e mãe de Ana Liz Tavares, bebê internada há um mês no HC, afirma que a atenção da equipe multiprofissional é fundamental no desenvolvimento motor das crianças. “Eu acho ótimo o entendimento da equipe de enfermagem e terapia ocupacional do HC, porque tudo o que eles fazem é para o bem do bebê”, declara.

Texto de Kelly Barros / Ascom HC