Agência Pará
pa.gov.br
Ferramenta de pesquisa
ÁREA DE GOVERNO
TAGS
REGIÕES
CONTEÚDO
PERÍODO
De
A
MEIO AMBIENTE

Técnicos do Ideflor-Bio ministram aula prática para estudantes do IFPA, em Breves

No Marajó, Instituto mantém parceria com o IFPA, e mantém um viveiro com capacidade para produzir cerca de 20 mil mudas de espécies florestais ao ano

Por Vinícius Leal (IDEFLOR-BIO)
11/07/2023 11h09

Compartilhar conhecimento com a comunidade acadêmica, também é um dos objetivos do Instituto de Desenvolvimento Florestal e da Biodiversidade (Ideflor-Bio). Nas últimas semanas, a equipe técnica da Diretoria de Desenvolvimento da Cadeia Florestal (DFF) esteve em Breves, no Arquipélago do Marajó, onde ministrou cursos de capacitação para 30 alunos do Instituto Federal do Pará (IFPA). 

Os estudantes das áreas de Tecnologia em Agroecologia e Tecnologia em Meio Ambiente, tiveram um dia de atividades práticas de preparo de mudas em tubetes, utilizando materiais que o Ideflor-Bio fornece através do Projeto PROSAF. Desde 2018, o Instituto mantém parceria com o IFPA no Marajó, onde possui um viveiro com capacidade para produzir cerca de 20 mil mudas ao ano.

Neste primeiro momento, o viveiro fornece mudas para atividades de cunho pedagógico, ou seja, voltados à formação dos estudantes e demais pesquisas sobre a metodologia de plantio. Logo após, as mudas são direcionadas aos agricultores familiares da região, onde são plantadas em arranjos agroflorestais tendo seu desenvolvimento acompanhado de perto pelos alunos do IFPA. 

Para o titular da DDF, Vicente Neto, a importância dessa programação faz parte da missão institucional que possibilitou o fortalecimento, ampliação e atualização de informações a  respeito das técnicas de produção sustentáveis das mudas florestais e frutíferas nos arranjos de SAF do PROSAF.  

“Essa é uma prática de grande importância, pois além dos testes de germinação e da quebra da dormência de sementes, utilizamos diversas  espécies florestais e frutíferas, onde  muitas delas possuem mecanismos para evitar a rápida germinação, que é uma estratégia ecológica das espécies para garantir que a planta tenha condições de se desenvolver em  ambientes específicos e equilibrados, proporcionado o que chamamos de quebra de  dormência”, explicou o especialista. 

Os estudantes se dividem em grupos e cada um recebe determinada espécie, um artigo científico sobre a planta, e então é verificado qual teste seria o mais indicado ou teria melhor eficácia na quebra da dormência. Em seguida, eles fazem o tratamento das sementes, o plantio em sementeiras e acompanham a germinação por dias dessas sementes para chegar num resultado.

Segundo o engenheiro florestal e técnico da DDF, Daniel Francez, esse trabalho vai resultar em vários artigos que vão ser produzidos por esses alunos. “A parceria do Ideflor-Bio com o IFPA é bem interessante, porque tem a conotação de produzir ciência e tecnologia para a região, utilizando nossas espécies”.

Outra importância dessas  atividades, de acordo com o especialista, “é fomentar a difusão dos Sistemas Agroflorestais (SAFs) em áreas alteradas, com o objetivo de recuperar essas áreas e, também, de produção de renda na agricultura familiar, através dos SAFs, que garantem inclusive a diversificação da produção, segurança alimentar e todos os benefícios ambientais dos SAFs”, concluiu Daniel Francez.

Parcerias - Durante o período em que o curso foi ministrado, a equipe técnica do Ideflor-Bio também se reuniu com a direção e professores do IFPA Campus Breves, para fazer um balanço do trabalho de extensão já realizado pelos professores, em diferentes disciplinas e verificar como essas atividades têm relação com o que o Ideflor-Bio vem realizando especialmente em Breves, Portel e outros municípios do Marajó.

Tudo isso visa somar esforços para um objetivo comum, que é a difusão de tecnologias sustentáveis e, também, ajudar a instituição de ensino com a disponibilidade de conteúdo prático aos alunos. Em breve será elaborado um Termo de Parceria e um Plano de Trabalho a respeito do que as duas instituições irão trabalhar conjuntamente. Nesse formato, não há transferência de recurso, portanto, cada entidade assume certas responsabilidades dentro dos objetivos a serem alcançados. 

Vale ressaltar que todo o processo contou com o apoio dos professores do IFPA Campus Breves, Júlio, Júlia e Haroldo, além de representantes do Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB). O gerente do Escritório Regional do Marajó (Breves) do Ideflor-Bio, Rômulo Baía, também garantiu todo o suporte nas atividades e viabilizou o estabelecimento de novas parcerias com entidades públicas e não governamentais.