Hospital Metropolitano de Ananindeua realiza reencontro de paciente com filha
Encontro ocorreu em área externa da unidade hospitalar, por meio do Projeto Reconexão, que visa minimizar angústias do período de hospitalização
Estar internado para tratamento que exige longa permanência é um processo que envolve diversos sentimentos, entre eles o medo, ansiedade, a saudade de casa, da rotina e, claro, dos familiares. Neste percurso, um único abraço pode mudar tudo.
Pensando nisso, o Hospital Metropolitano de Urgência e Emergência (HMUE), que é referência para o tratamento de traumas complexos, localizado em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém, vem cumprindo a missão de oportunizar tratamento digno e humanizado a quem precisa. Aliado ao tratamento, ações de humanização fortalecem vínculos e cooperam para a recuperação dos internados.
Gilson Carlos Damasceno está internado há mais de dois meses na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do HMUE, após vivenciar um grave acidente. No início desta semana, por meio do Projeto Reconexão, ele pôde reencontrar a filha, Maria Alice, de 10 anos, no jardim do hospital.
As lágrimas no rosto do pedreiro não escondem a emoção sentida com a nova oportunidade de abraçar a primogênita. “Eu sinceramente não queria mais viver depois que sofri esse acidente, foi tudo tão difícil e ainda não está fácil”, comentou.
“Ver a minha filha aqui agora me dá um novo ânimo, eu quero viver e sair dessa situação para retornar à vida por ela. Quando lembro da minha filha, as minhas forças são restauradas. Quero voltar para casa e ter uma rotina normal. Acredito que, se Deus quiser, vou conseguir”, diz ele.
A esposa e acompanhante de Gilson, Carlene de Mendonça, 38, menciona o medo que teve de perder o marido após o acidente, considerado gravíssimo pelos especialistas. “Eu sempre falo para ele não desistir. Com certeza, vendo que ela está bem, ele vai ter mais ânimo para o tratamento, se alimentar ou tomar os remédios”, acredita. “Ele não pode desistir. Se chegamos até aqui, existe algo maior que não podemos explicar”, finaliza.
A emoção pode ser sentida também pelos profissionais que, diariamente, cuidam dos pacientes dentro da unidade. “Todo paciente é o amor de alguém, seja de um filho, uma mãe ou um irmão, mas há alguém lá fora que almeja a rápida recuperação. Nós, falando em nome de todos da equipe, que estamos aqui na ponta, debruçando esforços para cuidar da melhor maneira dos pacientes, podemos ver o quanto um único reencontro pode mudar tudo para melhor. Por isso, tanta felicidade e emoção”, pontua Débora Lourinho, coordenadora da unidade de internação do HMUE.
Reconexão – Criado no início deste ano, o Projeto “Reconexão” leva os pacientes para ambientes diferentes das unidades de internação, a fim de minimizar angústias decorrentes do período de hospitalização.
Gerenciado pelo Instituto de Desenvolvimento Social e Humano (INDSH), em parceria com a Secretaria de Estado da Saúde do Pará (Sespa), há 17 anos o Hospital Metropolitano é referência no Norte do Brasil para tratamento de traumas de altas complexidades e queimaduras e investe em ações humanizadas visando o bem-estar dos internados.
Entre essas ações estão o “Cine Metrô”, que exibe filmes em enfermarias, o “Ressignificar”, que entrega mudas de plantas para pacientes que saem de alta e muitos outros.
