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Estado investe em estudo e pesquisa científica em Salinópolis

Por Redação - Agência PA (SECOM)
23/04/2018 00h00

A aluna do 6º período do curso de Engenharia e Exploração do Petróleo da Universidade Federal do Pará (UFPA) e bolsista da Fapespa (Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas), Rebeca Lima, 24 anos, pretende com o conhecimento acadêmico contribuir com desenvolvimento econômico e social da região. Ela é aluna do campus de Salinópolis da UFPA.

Rodrigo Borges, 21 anos, também é bolsista da Fapespa e faz parte de um estudo de Gerenciamento de Reservatórios de Petróleo, reconhecido nos últimos anos como uma importante ferramenta para as operações de produção de petróleo no mundo.

Os dois integram uma turma pioneira do Curso de Engenharia ministrado em Salinópolis, e que fará parte do “Polo de Ciência e Tecnologia de Mar e Petróleo”, cuja implantação já recebeu R$ 5,5 milhões em investimentos do governo do Estado. O objetivo é promover o desenvolvimento local a partir da geração de conhecimento e formação de recursos humanos. Totalmente implantado, o polo terá mais de mil alunos, transformando Salinópolis em referência para o ensino superior no Pará.

Segundo o diretor Científico da Fapespa, Helder de Paula Mello, o objetivo dos investimentos é contribuir para que o município passe por transformações positivas nos próximos anos, já que em pouco tempo a economia de toda a região sentirá os reflexos da exploração de petróleo. “Os cursos chegam para formar mão de obra qualificada na própria localidade e auxiliar no desenvolvimento da economia, não só por meio do petróleo, mas também da economia costeira. Salinas deverá receber muitas pessoas, e também precisará se desenvolver cada vez mais”, explica Helder Mello.

O diretor também ressaltou que entre os objetivos da Fapespa está fixar mestre e doutores em todo o Estado, e dotar essas localidades de profissionais qualificados para fortalecer o desenvolvimento regional.

Adilson Oliveira do Espírito Santo, coordenador-geral do Campus da UFPA em Salinópolis, informa que dos R$ 5,5 milhões do convênio, R$ 4 milhões foram destinados à construção da Casa de Cultura da Fonte do Caranã e R$ 1,5 milhão para a manutenção, infraestrutura, recursos de apoio material no próprio campus, que também já oferece curso de Licenciatura em Matemática e Física e de Engenharia de Exploração e Produção de Petróleo.

Para 2019 está prevista a implantação do curso de Engenharia Costeira e Oceânica, e em 2020 será oferecido o curso de Engenharia Computacional.

“Ao implantar um campus universitário em um município, a UFPA transforma este município, e é o que está acontecendo em Salinópolis. É perceptível uma mudança no comportamento dos habitantes, que enxergam a chegada da UFPA como um sinal de mudanças”, destaca o coordenador. Segundo ele, a população elegeu como prioridade a implantação do campus.

Incentivo à pesquisa – O diretor da Faculdade de Engenharia de Petróleo da UFPA, Pedro Tupá Pandava Aum, destaca que esta é uma área nova, por isso no País ainda há carência de profissionais específicos na área de Engenharia de Petróleo. Na Região Norte, além da UFPA, o curso é ofertado pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam).

“A proposta é contribuir para atender a demanda em todo o País. Na Região Norte a carência é maior, já que há a perspectiva de exploração petrolífera na foz do Rio Amazonas e também no Estado do Amazonas, que já possui uma província petrolífera consolidada”, completa o diretor.

Segundo ele, apesar de a empresa francesa Total ter entrado com pedido de licenciamento ambiental para a abertura de poços na costa de Salinópolis, a fim de verificar a viabilidade da exploração de petróleo na região, o objetivo não é apenas formar profissionais para este projeto. “Queremos formar profissionais que estejam aptos para atender demandas em qualquer região do mundo”, afirma.

O recurso destinado pelo governo ao campus da UFPA em Salinópolis faz parte da diretriz de descentralização dos investimentos em pesquisa, ciência e tecnologia feitos pela Fapespa. Somente no ano passado a Fundação destinou R$ 5 milhões em editais públicos para seis diferentes regiões, incluindo Araguaia, Xingu, Baixo Amazonas e Tapajós. Este ano, a Região do Caeté receberá R$ 1,5 milhão para subsidiar projetos de pesquisa em rede, que atendam às necessidades coletivas e de formação de conhecimento.