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Governo e sociedade buscam soluções para a situação de refugiados venezuelanos

Por Redação - Agência PA (SECOM)
26/04/2018 00h00

Polícia Militar, Polícia Rodoviária Federal e Prefeitura de Santarém, lideranças comunitárias e membros da sociedade civil participaram de reunião, na tarde desta quarta-feira (25), no Centro de Governo do Baixo Amazonas, representado pela coordenadora de Assistência Social Zuíla Wanghon, para discutir a situação de refugiados venezuelanos indígenas da etnia Warao, que atualmente encontram-se em uma área no bairro Cambuquira, no município de Santarém, na região oeste do Pará.

Por conta da gravíssima crise e da situação de vulnerabilidade social na Venezuela, que segundo previsão do Fundo Monetário Internacional (FMI) deve superar 2.500% de inflação em 2018, deu-se início a um intenso fluxo migratório ao Brasil. Centenas de pessoas atravessaram a fronteira com destino aos estados de Roraima, Amazonas e Pará, para cidades como Belém e Santarém.

Em Santarém, o fluxo migratório iniciou durante o segundo semestre de 2017. O aumento do contingente de refugiados, desde então, levou a Prefeitura a decretar situação de emergência social. Representações dos bairros onde estão concentrados os indígenas buscam soluções, por meio da mediação com as instituições.

"Nós estamos sofrendo uma situação que ainda está um pouco difícil de resolver, porque nós precisamos olhar o lado dos venezuelanos, que são refugiados, como também o lado dos moradores do Cambuquira, pelo fato deles estarem ocupando nosso único espaço de lazer do bairro. Muitos trabalhos sociais do nosso bairro estão parados. Esperamos retomar essas atividades tão logo seja resolvida essa situação. A gente sabe que está difícil para os Governos, tanto Estadual quanto Municipal, atender a essa demanda, porque a cada semana a gente tem uma situação diferente e não podemos ficar alheios", explica a presidente da Associação de Moradores do bairro Cambuquira, Fátima França.

De acordo com a coordenadora da Casa de Acolhimento para Adultos e Famílias, a assistente social da Prefeitura de Santarém, Juliana Fialho, desde novembro de 2017, a unidade acolhe os refugiados. "Estivemos aqui para estabelecer um diálogo, para buscar encaminhamentos tanto para a situação dos indígenas, quanto para a comunidade", informou.

Por conta da situação em que se encontram grande parte dos refugiados em Santarém, no final do mês de março, a Secretaria de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh) realizou, em Santarém, uma ação para regularizar a situação de adultos e crianças, buscando legalizar a situação deles no Brasil.