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ECONOMIA SUSTENTÁVEL

Governo do Pará reúne secretários de agricultura do Norte para debater sobre Bioeconomia

Secretário paraense abordou programas desenvolvidos no estado para o setor.

Por Camila Botelho (SEDAP)
27/05/2023 18h20

O Governo do Estado, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), realizou na última sexta-feira (26), no auditório da Faepa, em Belém, um encontro de secretários de agricultura do Norte para debater economias sustentáveis. O evento teve como objetivo a troca de experiências e informações entre os secretários sobre os arranjos produtivos de Sistema Agroflorestais (SAFs) e cadeias da bioeconomia com potencial de escalabilidade e replicação aplicados pela Sedap. 

O secretário de Agricultura Giovanni Queiroz abriu a mesa abordando a importância de realizar a capacitação com o produtor para sempre melhorar suas habilidades. Em seguida, começou a apresentação do projeto "Marajó Sustentável", que consiste em reativar seringais nativos.

"Uma oportunidade de voltar à extração e um retorno financeiro para a 10 mil famílias de Melgaço, Portel, Anajás, Gurupá, Breves e Curralinho", frisou. 

Outro ponto apresentado foi o "Território Sustentáveis", já presente em 47 municípios e em parceria com as prefeituras. Nessas localidades foi feita a gradagem de solo e implantação de 1ha nos SAFs e prioritariamente com cacau e a banana para fazer o sombreamento. Queiroz acredita que isso é uma forma também de inibir o desmatamento. 

O projeto de desenvolvimento da mandioca é outra cadeia importante na implantação de unidades de multiplicação da maniva-semente nas regiões de integração. O Pará é o maior produtor nacional. 

O secretário do Amapá, Kelson Vaz, comentou que a mandiocultura é muito importante e elogiou as formas como são produzidas aqui e a mecanização de produção. "O Amapá importa mandioca do Pará, 90% da farinha que consumimos é do Pará", ressaltou.

Na região de integração do Marajó é realizado o Programa "Água para Todos". Foram apresentados os 8 sistemas: 3 deles em Soure (Comunidades do Céu, Pedral Caju-Una), outros 3 sistemas em Salvaterra (Mãe de Deus, Boa vista e Jobim) e 2 sistemas em Cachoeira do Arari (Comunidades de Camará e Umarizal). Foram beneficiadas diretamente 1.865 famílias.  

Raul Guimaraes, da Ceplac, explicou sobre a monilíase, um fungo que pode se instalar no cacau e com ocorrência pela primeira vez no Brasil em 2021. O Pará já realizava a capacitação em 2019 e 2021 e já havia um corpo técnico desde então. A produção cacaueira do Pará atualmente pertence 80% àregião transamazônica. "A Ceplac está atuando no Amazonas para melhorar a infraestrutura dessas ações", afirmou.

Por último foi apresentado o Programa Nacional de Crédito Fundiário, que consiste em oferecer a quem não tem ou tem pouca terra a consegui-la em forma de financiamento. São 95 municípios habilitados a operacionalizar o programa. 

Neste sábado (27), a programação continua com visitas técnicas na indústria de açaí Palamaz, em Benevides, e em propriedade de criação de pirarucu do piscicultor Eduardo Arima, no distrito de Benfica, em Benevides.