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Governador visita as obras da Unidade de Cuidados Paliativos Oncológicos do HOL

Estado moderniza os serviços de radioterapia e medicina nuclear para a instalação de novas tecnologias no tratamento do câncer

Por Leila Cruz (HOL)
23/05/2023 15h10

Nesta terça-feira (23), o governador do Pará, Helder Barbalho, realizou visita técnica às obras da Nova Unidade de Cuidados Paliativos Oncológicos (CCPO), do Hospital Ophir Loyola (HOL), em Belém. O serviço oferecerá assistência especializada, controle da dor e de demais sintomas de pacientes com o câncer em progressão. A gestão estadual investe, cada vez mais, em estrutura que assegure maior conforto e cuidado humanizado aos pacientes. Ao total, serão 40 leitos, dos quais 20 serão destinados à Unidade de Atendimento Imediato (UAI). 

“Essas obras permitirão a ampliação dos serviços de alta complexidade em oncologia, particularmente nos tratamentos paliativos e de urgência e emergência. E, sobretudo, representam o nosso compromisso em garantir a humanização e qualidade no cuidado das pessoas que  enfrentam uma fase tão difícil do adoecimento. Essa será a segunda unidade de todo o Brasil e a primeira da região Norte direcionada para assistência paliativista, um avanço que o Pará estará conquistando no segundo semestre de 2023”, ressaltou Helder Barbalho.

Com cinco andares, o novo prédio tem uma área total de 2.593,83 m², e está localizado na Rua dos Mundurucus, n° 1014, no bairro do Jurunas. “No térreo, haverá uma sala de espera com 70 lugares e área de internação da CCPO com característica de uma unidade de terapia semi-intensiva, dois leitos de isolamento e acesso direto às ambulâncias para transferir os pacientes com rapidez e conforto ao hospital sede.  E no primeiro andar, estão localizados todos os serviços de apoio, sendo quatro consultórios, sala de ultrassonografia, recepção, rouparia, serviço de nutrição e dietética e o Centro de Material e Esterilização”, informou a diretora-geral do HOl, Ivete Vaz.

O local contará ainda com serviço de fisioterapia, almoxarifado, cozinha e estar médico. E, também, existe um projeto para abrigar a Unidade de Atendimento Imediato (UAI), onde deverá funcionar a urgência e emergência oncológica, bem como a Pesquisa Clínica,  que visa  fortalecer os processos e práticas assistenciais e qualificar eticamente os projetos do Hospital Ophir Loyola.

A coordenadora da Clínica de Cuidados Paliativos Oncológicos, Roberta Costa, explica que o serviço se volta para garantir a assistência qualificada a usuários com câncer em estágio avançado. “A medicina paliativa tem por finalidade oferecer qualidade de vida àqueles com a doença em progressão por meio do controle de todos os sintomas, físicos, emocionais, sociais e espirituais. A partir da inauguração dessa estrutura específica, conseguiremos oferecer uma assistência personalizada para cada paciente”, enfatizou a especialista.

Radioterapia e medicina nuclear receberam novos equipamentos

As obras de reconstrução, ampliação do Serviço de Medicina Nuclear e de readequação da radioterapia iniciaram neste mês de maio. Os investimentos somam mais de R$ 18 milhões, recursos oriundos do governo estadual, e integram o planejamento estratégico do hospital para modernizar os serviços e ofertar novas tecnologias para o tratamento do câncer. As obras passaram pela aprovação da Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) e devem durar 9 meses.

“Estamos investindo em tecnologias avançadas, mas também na modernização desses espaços de intervenção terapêutica para oferecer um ambiente mais acolhedor, humanizado e seguro, a fim de tornar a permanência mais acolhedora tanto para os pacientes quanto para os nossos profissionais. As obras são complexas e precisam atender às legislações vigentes, por isso serão executadas por etapas para não prejudicar o atendimento”, destacou a diretora-geral, Ivete Vaz.

O projeto de modernização da radioterapia foi dividido em três fases. Inicialmente, serão construídas salas blindadas para a instalação de dois novos aceleradores lineares de partículas HalcyonTM, em substituição aos equipamentos antigos. “Para receber as novas tecnologias, o hospital precisa fazer construções de concreto especial com paredes de até 2,5 metros de espessura, os chamados bunkers. Essas salas contém proteção plumbífera para deter as ondas de radiação emanadas pelo equipamento”, informou o arquiteto Samuel Azancot.

A segunda fase consiste na instalação do tomossimulador e de uma passarela que fará a interligação entre o segundo Departamento de Câncer, radioterapia e o auditório. E a terceira e  última fase consiste na reforma geral da estrutura física.

O Serviço de Medicina Nuclear também será reestruturado para receber a instalação dos novos equipamentos. A princípio, será realizada a reforma e adequação do espaço para a instalação da gama-câmara, um aparelho usado para visualizar a localização de diversos órgãos após a administração de baixas doses de um radiofármaco. Em seguida, uma área desativada será reformulada para ampliar o serviço com a instalação do Pet-Scan, aparelho usado no diagnóstico e estadiamento do câncer.

“As salas são projetadas para equipamentos grandes e pesados, portanto necessitam de uma estrutura reforçada, além de climatização, sistema elétrico e blindagem direcionada para cada equipamento. São obras de grande porte que necessitam de materiais de alta densidade para garantir a radioproteção”, conclui o arquiteto”.

Outras obras estão em andamento e devem ser entregues, neste segundo semestre, como o novo Centro Cirúrgico, o Casarão Rosa e o auditório Luiz Geolás de Moura Carvalho, local onde são realizados eventos científicos.

Texto de Leila Cruz / Ascom Ophir Loyola