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Instituições alinham estratégias para agilizar crédito rural 

Por Redação - Agência PA (SECOM)
04/05/2018 00h00

Dirigentes da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, Mineração e Energia (Sedeme), Banco do Estado do Pará (Banpará) e Banco da Amazônia discutiram estratégias para atuações compartilhadas, a fim de facilitar o acesso ao crédito do produtor rural, sobretudo o pequeno e o médio, que necessitam de políticas públicas para se desenvolver de forma sustentável e competitiva.

A reunião de trabalho articulada pelo secretário Eduardo Leão foi realizada na sede da Sedeme, na tarde desta quinta-feira, 3, e mobilizou ainda representantes da Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater) e da Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca (Sedap), vitais na garantia de assistência técnica e capacitação em novas tecnologias para a pecuária e o agronegócio paraense.

“A parceria já existe, porém pode ser intensificada se o Banpará tiver acesso aos recursos do FNO (Fundo Constitucional de Financiamento do Norte) para uso nos seus financiamentos. Isso abre um grande leque na questão de risco compartilhado e acesso a linhas que o banco do Estado não pode operar, como o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar). Interessa-nos avançar nesse pacto e na identificação dos gargalos que dificultam a vida de quem quer produzir mais e melhor e, trava a eficiência dos próprios bancos no trato com novos operadores e clientes”, observou Eduardo Leão. “A ideia é superar qualquer diferença, no sentido de construir caminhos que levem ao aumento da produção, do emprego e da renda, esse é o nosso objetivo”, acrescentou ele. 

O superintendente regional do Banco da Amazônia no Pará e Amapá, Luiz Lourenço de Souza Neto, afirmou que o Governo do Estado é importante para que os recursos do banco cheguem bem, e com garantia de assistência técnica e de infraestrutura. Ele ressaltou que o Banpará está presente em 98 municípios paraenses, e essa maior capilaridade é importante numa atuação conjunta das duas instituições bancárias.

“Estamos estudando possibilidades de agilizar o crédito rural. O Banco da Amazônia tem um Fundo soberano que é o FNO, carro-chefe do banco e líder no fomento à produção com maior aderência”, comentou o diretor Comercial e de Fomento do Banpará, Jorge Antunes. 

Ele assinalou que os produtores rurais se embaraçam para dar conta do volume de exigências legais na hora de se submeter ao crédito, a exemplo de documentação da terra, restrições do cliente com inadimplência, assistência técnica, questões ambientais e emissão de licenças. “Todas são dificuldades que o produtor enfrenta para ter acesso ao crédito''. 

Em 2018, o Banco da Amazônia prevê a aplicação no Pará de R$ 2,100 bilhões, recursos do FNO e do próprio crédito comercial. A técnica em Gestão Agropecuária, a engenheira agrônoma da Sedap, Ivanise Carvalho, sintetizou o debate desta tarde na Sedeme. “A reunião foi interessante e necessária”, disse ela, referindo-se à união de forças entre as instituições para que haja maior qualidade na produção rural e produtos locais e competitivos.

“A gente acredita nessas políticas públicas e eu acredito que elas só têm sucesso se cada segmento que integra o setor assume sua competência e une forças em torno de um objetivo comum. Neste caso, o desenvolvimento do produtor rural”, concluiu Ivanise.

Novas reuniões serão realizadas entre as instituições citadas para consolidar a parceria de repasse de recurso do FNO, financiamento compartilhado entre os bancos, linhas de crédito específico para regiões carentes do Estado, como o Marajó, serviços menos burocráticos e maior facilidade no acesso ao crédito rural.