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SEGURANÇA PÚBLICA

Perícia auxilia no enfrentamento a crimes contra crianças e adolescentes

Por Thiago Maia (Pol. Científica)
10/05/2023 22h05

A perícia criminal tem uma participação decisiva nos crimes sexuais cometidos contra crianças e adolescentes. A atuação dos médicos-legistas e dos peritos do laboratório de genética forense, da Polícia Científica do Pará (Pcepa), nesses casos, foi um dos pontos de destaque no evento Faça Bonito, promovido pela Diretoria de Atendimento a Grupos Vulneráveis (DAV), da Polícia Civil (PC), na manhã desta quarta-feira (11), alusivo ao "Maio Laranja", mês dedicado ao enfrentamento da violência sexual contra crianças e adolescentes no Brasil.

Equipe da Pcepa após apresentação no Faça BonitoA atuação da Pcepa começa após as instruções da PC, que ao registrar as ocorrências encaminham as vítimas para o Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL), nas unidades do órgão ou nas fundações Parapaz que contam com a presença de médico-legistas. "Esse processo inicial começa por meio do nosso atendimento humanizado, em consultórios reestruturados que contribuem para a saúde mental da vítima. Após esse processo, realizamos os exames sexológicos, como por exemplo, o recolhimento de amostras genéticas que serão encaminhados ao nosso laboratório de Genética Forense”, disse o médico-legista Hinton Barros Jr, diretor do IMOL.

Elzemar Rodrigues, gerente do Laboratório de Genética ForenseÉ no laboratório de Genética Forense, que é vinculado ao Instituto de Criminalista, que se inicia a etapa de análise para a busca da prova material que possa comprovar o crime e, a possibilidade de identificar o autor para que seja autuado pela PC. “Analisamos em nossos equipamentos vestígios patológicos, assim como roupas manchadas das vítimas, que podem ser algum material genético do agressor. Caso ele tenha sido detido, ele também será submetido ao exame de DNA, que se testar positivo ao material recolhido da vítima, o laudo vai indicar que foi o autor do crime, o que vai colaborar para sua prisão pela polícia”, explicou a perita Elzemar Rodrigues, gerente do laboratório de Genética Forense.

Mas, ainda de acordo com a perita criminal, mesmo que o agressor não tenha sido identificado, as amostras genéticas coletadas das vítimas serão armazenadas no Banco de Perfis Genéticos. Elas poderão ser consultadas em casos de detenção de suspeitos de terem cometido crimes sexuais contra crianças e adolescentes, uma vez que serão submetidos a coleta genética. “Não importa o tempo que passe, o suposto autor de um crime dessa natureza terá sua amostra coletada e se coincidir com um perfil armazenado, que foi coletado de uma vítima, ele poderá ser responsabilizado”, completou Elzemar Rodrigues. 

Equipe da Pcepa com delegado-geral da PC e demais participantes do evento“Essa é a colaboração da perícia criminal, para que crimes contra a criança sejam combatidos, principalmente para que os autores dessa atrocidade sejam identificados e punido”, concluiu Celso Mascarenhas”, diretor-geral da Pcepa.