Depois de quase 200 dias internado, renal crônico comemora alta do Hospital Abelardo Santos

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Com muita alegria e gratidão, José Raimundo Silva Costa, de 57 anos, recebeu na última segunda-feira (24), a notícia que mais esperava nos últimos seis meses: a sonhada volta para casa, após passar quase 200 dias internado no Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS), no distrito de Icoaraci, em Belém. Foram quase 200 dias de internação, procedimentos, terapias para tratar uma disfunção renal.

José foi encaminhado no mês de outubro do ano passado, do município de Abaetetuba, distante a 122 quilômetros da capital paraense, para a unidade, referência em nefrologia e cirurgia vascular da Rede Pública Estadual de Saúde do Pará. Durante esse período, ele precisou passar por diversas sessões de hemodiálise. “Toda equipe que cuidou de mim é nota mil. Eu até chorei, porque fiz um legado e amizade aqui. Tive atenção praticamente 24 horas por dia.  Estou extremamente feliz e renovado para voltar para casa”, disse, emocionado.

Acolhimento - O paciente foi internado no hospital para realizar um procedimento vascular para acesso de hemodiálise. Mas teve uma alteração e em novembro do ano passado, iniciou a diálise peritoneal intra-hospitalar. E agora, com a chegada de todo equipamento necessário, José poderá seguir o tratamento em sua casa.

“Durante esse período, ele aguardou para ser inserido no programa de diálise peritoneal ambulatorial do HRAS. Nesse intervalo foi treinado para conduzir a terapia, tanto no hospital como em sua residência após alta", disse a enfermeira Gisele Carvalho.  

A profissional conta que José recebeu todo o apoio necessário ao longo da sua permanência na unidade. “Prestamos o atendimento da melhor forma possível. Ele internou aos cuidados da equipe da vascular, porém, depois que iniciou a terapia, a nefrologia assumiu. Além disso, tem sempre todo o suporte da enfermagem, nutrição, psicologia e serviço social”, ressaltou Gisele. 

Terapias - A terapia renal substitutiva pode ser realizada em dois tipos: a diálise peritoneal, que é feita através de um cateter implantado no abdômen e pode ser feita em casa.

“Essa é uma terapia que propicia melhoria na qualidade de vida e saúde do paciente. Esse método, após um período de treinamento, o paciente pode realizá-lo na residência, de maneira independente e segurança”, frisou a enfermeira. A outra é a hemodiálise, que é a filtragem do sangue através de uma máquina e de um filtro externo. Também, como tratamento, há o próprio transplante renal. 

“A hemodiálise é indicada para pacientes que apresentam algum tipo de insuficiência renal crônica, caracterizada pela lesão irreversível dos rins, mantida por três meses ou mais. Quando diagnosticada de forma precoce, sua progressão pode ser controlada ou retardada, na maior parte dos casos”, é o que explica o médico nefrologista Luis Cláudio, responsável pelo setor de diálise do HRAS.

O Abelardo Santos mantém uma clínica de hemodiálise com mais de 90 pacientes divididos em três turnos, além de oferecer a terapia em leitos clínicos e de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

“O HRAS já atingiu a marca de 20 mil sessões de hemodiálise. E para oferecer o serviço, a unidade dispõe de 22 poltronas, sendo duas exclusivas para paciente em isolamento por contato. Durante o procedimento, o Abelardo Santos oferta wi-fi, alimentação, além do serviço de fisioterapia para amenizar os incômodos dos pacientes”, destacou o diretor geral do HRAS, Jean Cleber.

Serviço: O Regional Abelardo Santos é uma unidade pública, administrada pelo Instituto Mais Saúde em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). O HRAS mantém 340 leitos de UTI e Clínicos (pediátricos e adultos), atende a 13 especialidades médicas, e conta com o serviço de equipes multiprofissionais, entre elas, a hidroterapia. Além disso, são realizados 20 tipos de exames de imagem e dispõe de 350 especificações para solicitação de diagnósticos laboratoriais. 

Texto: Ascom Hospital Regional Dr. Abelardo Santos (HRAS)