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RESSOCIALIZAÇÃO

Seap entrega 2 mil pares de sandálias à Usina da Paz Cabanagem

As peças foram confeccionadas por internos do sistema penal do Estado para serem doadas a pessoas da comunidade atendidas na UsiPaz

Por Governo do Pará (SECOM)
20/04/2023 19h40

Gestores da Seap e UsiPaz com moradores que receberam sandálias feitas por custodiados A Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) doou 2 mil pares de sandálias para usuários da Usina da Paz Cabanagem, em Belém, nesta quinta-feira (20). O titular da Seap, Marco Antônio Sirotheau Correa Rodrigues, acompanhado de equipe técnica, conheceu o trabalho desenvolvido no local pela Secretaria Estratégica de Articulação da Cidadania (Seac). O objetivo da visita foi estreitar relações para a criação de um espaço de atendimento destinado aos familiares de custodiados e egressos do sistema penal que moram nos bairros atendidos pelas Usipaz.

Ivanilda Vieira, coordenadora-geral da Usina da Paz da Cabanagem, acompanhou o secretário Marco Antônio Sirotheau e a equipe da Seap, informando que a UsiPaz atende mensalmente  mais de 21 mil pessoas, com 82 serviços oferecidos à população, que incluem capacitação técnica e profissional, educação básica, arte e cultura, emprego e renda, microcrédito e empreendedorismo, economia solidária, habitação, regularização fundiária e urbanização, saúde, esporte e lazer, e assistência social.

O secretário Marco Antônio Sirotheau (c) durante a visita à UsiPaz CabanagemEla ressaltou ainda que a maior demanda hoje é nas áreas de saúde e emissão de documentos pessoais. Somente na área de esporte há 2 mil pessoas inscritas. Os serviços oferecidos atendem à população da Cabanagem e de bairros próximos. “Eles entendem que isso aqui está para todos. Tem por todo o Pará e por toda a Cabanagem”, disse a coordenadora-geral, acrescentando que a Secretaria sempre colaborou com o Programa Territórios pela Paz no decorrer dos últimos quatro anos, e segue parceira da Usina da Paz Cabanagem.

“Hoje, mais uma vez (a Seap) trouxe as sandálias, que é algo que é muito importante porque a dignidade das pessoas vai desde as vestes ao calçado. Se a gente olhar a questão da cidadania, é  importante o calçado; estar bem e ter a proteção. Pra nós, é uma alegria muito grande estar com a Seap recebendo essa colaboração, que vai fazer muito bem a todas as pessoas que recebem os benefícios da Usina”, reiterou Ivanilda Vieira.

Trabalho integrado - O secretário Marco Antônio Sirotheau disse que a visita à UsiPaz Cabanagem estreita laços interinstitucionais com a Seac, já que o objetivo é trabalhar de forma integrada com as unidades. Ele lembrou que nos bairros onde estão as Usinas da Paz há um grande número de familiares de custodiados e egressos do sistema penal.

“Eles também necessitam de atendimento e têm demandas que precisam ser supridas. E as Usinas da Paz são as ferramentas que a gente tem hoje em cada bairro para atender esse público, e também fazer com que eles tenham oportunidades, diante de tanto que a gente viu aqui, com espaço de lazer, de cursos profissionalizantes, de teatro, dentre outros. Essas Usinas são compostas. Nossa ideia é integrar junto com a Seac esse trabalho, fazer com que a gente tenha espaço de atendimento para esse público, que é o familiar do custodiado e o egresso também, e encaminhá-los para o mercado de trabalho”, garantiu o titular da Seap.

Adenor Pinheiro, 61 anos, autônomo e morador do bairro da Cabanagem, recebeu dois pares de sandálias, e gostou de saber que o material doado é fruto do trabalho de ressocialização desenvolvido pela Seap com seus custodiados. “Achei muito legal. Tem que colocar eles para fazer esses trabalhos, com certeza, e dar um retorno para a sociedade”, disse o morador.

A dona de casa Tamara Barbosa e os filhos, João Henrique e Jéssica Lorena, ambos com 7 anos, também receberam sandálias. Ao saber que as sandálias foram confeccionadas por custodiados do sistema penitenciário, Tamara disse ter ficado surpresa, e aprovou a iniciativa. “Acho maravilhoso eles terem esse espaço, essa oportunidade para ter o que fazer. Quando a pessoa sai, a dificuldade é maior. Eles tendo o que fazer, tendo e aprendendo novas habilidades, é maravilhoso”, afirmou a dona de casa. 

Texto: Márcio Sousa - NCS/Seap