Produtos feitos por custodiadas são vendidos em shoppings de Belém
A programação dá visibilidade ao trabalho das internas integrantes da Coostafe, a primeira cooperativa do Brasil formada por mulheres privadas de liberdade
Ainda neste mês de março, a Cooperativa Social de Trabalho Arte Feminino Empreendedora (Coostafe), coordenada pela Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap), participa de programações alusivas ao Dia da Mulher em dois shoppings de Belém. O objetivo é dar visibilidade ao trabalho das custodiadas que participam da cooperativa.
A Coostafe é a primeira cooperativa do Brasil formada por mulheres privadas de liberdade, e hoje conta com mais de 23 cooperadas. Os produtos estão à venda na loja colaborativa “Empodera Ela”, um projeto desenvolvido pelo Boulevard Shopping, que visa incentivar o empreendedorismo regional feminino, em homenagem ao mês dedicado às mulheres.Bolsas e outros acessórios criados e confeccionados pelas cooperadas
A cooperativa participa do projeto pelo segundo ano consecutivo, confeccionando produtos artesanais diversos. Neste ano, a “Empodera Ela” conta com a participação de 19 empreendedoras. Dentre os produtos expostos, acessórios, peças de vestuário e alguns itens de gastronomia são encontrados na loja. A “Empodera Ela” segue no Boulevard Shopping até o dia 02 de abril (domingo), no primeiro piso, das 10 às 22 h.
História - O projeto vem sendo bem recebido por todos os clientes, e até o último dia 24 já havia vendidos mais de R$ 1.900,00. Phriscila Pereira, vendedora da loja, ressaltou a importância de contar a história da criação dos produtos às pessoas que entram no espaço.
“Eu explico para as pessoas que a confecção das peças ajuda a diminuir a pena delas. É importante saber disso, que de alguma forma a gente também ajuda. Sempre que vendo uma peça da Coostafe fico feliz, porque sei que tem uma história ali, e isso é muito especial para mim”, contou.
Outro ponto importante a ser destacado, além da ressocialização das internas, é que todo o dinheiro arrecadado vai para uma conta bancária da Cooperativa. Uma parte é utilizada para comprar material para a confecção dos produtos, e a outra é dividida entre as cooperadas, para ser usado quando elas estiverem em liberdade.
A tutora da Coostafe e servidora da Seap, Renata Carvalho, fala sobre o quão marcante é a participação da loja colaborativa. “Além de ser um espaço para venda dos produtos é uma grande oportunidade para elas mostrarem a força que as mulheres privadas de liberdade têm através do aprendizado e do trabalho manual desenvolvido por elas”, finalizou.
Texto: Kaila Fonseca - NCS/Seap