Adepará, Mapa e setor produtivo discutem biosseguridade das granjas avícolas
Evento abordou as medidas voltadas para ações de prevenção, minimização ou eliminação de riscos inerentes às atividades de produção
Uma reunião, na sede do Sindicato dos Produtores Rurais de Santa Izabel do Pará e de Santo Antônio do Tauá (Sinpriz), em Santa Izabel, município da Região Metropolitana de Belém, discutiu, no dia 15, deste mês, as medidas de biossegurança nas granjas de corte e a postura para se evitar a entrada da gripe aviária no Pará.
A reunião contou com a participação de representantes do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), Agência de Defesa Agropecuária do Estado do Pará (Adepará), Federação da Agricultura e Pecuária do Pará (Faepa), Emater, Associação Paraense de Avicultura (APAV) , Agência Brasileira de Inteligência (ABIN)e prefeitura de Santa Izabel do Pará, além de representantes dos incubatórios e granjas de corte e postura da região.
O objetivo do encontro foi mostrar a situação em que o Brasil se encontra atualmente e o cenário estadual de biosseguridade da cadeia produtiva avícola contra a introdução do vírus da influenza aviária.
Um dos principais assuntos tratados foi o fluxo de pessoas nas avícolas e o risco que isso pode representar. A fiscal estadual agropecuária, a médica veterinária, Lettiere Lima, explicou a forma de transmissão da gripe aviária e detalhou o trabalho de vigilância sanitária realizado pela Adepará e todo monitoramento que vem sendo feito para prevenir a doença.
“Nós mostramos como o vírus está se espalhando pela américa do sul e os pontos principais para que o setor produtivo se enxergasse nesse cenário e compreendesse a função dele neste momento. Apresentamos uma visão geral da avicultura como um todo, todos os tipos de estabelecimentos avícolas existentes no estado e como melhorar a biossegurança para evitar a entrada do vírus”, afirmou Lettiere Lima.
Segundo a veterinária, é necessário controle mais rígido de entrada e saída de pessoas e veículos nas granjas e para isso já está em elaboração uma minuta de portaria estabelecendo a padronização.
“A portaria trata não somente da entrada de pessoas estranhas à produção, mas também o responsável técnico, os técnicos do serviço veterinário oficial, os funcionários das granjas , ou seja, é uma forma de organizar esse fluxo levando em consideração que existe um alerta sanitário para a doença”.
A fiscal ressalta ainda que “a política de fomento da avicultura familiar deve ser realizada de maneira paralela às políticas de defesa animal cadastrando os produtores, para conhecimento dos pontos de produção e controle da rastreabilidade das aves”.
O Brasil está em alerta para a doença infecciosa que afeta aves domésticas e silvestres. O país nunca registrou casos da influenza aviária e desde o ano passado vem realizando o Plano de Vigilância Epidemiológica. No Pará, a coleta de material biológico das aves ocorreu em 98 granjas.
A próxima etapa do plano de vigilância epidemiológica para a influenza aviária no estado será relativa ao componente 4 que abrange os estabelecimentos avícolas de pequeno porte, que estão localizados no entorno dos sítios de aves migratórias.