Escolas estaduais do Pará participam do Torneio Sesi de Robótica First Lego League
O evento reúne em Ananindeua mais de 200 estudantes de quatro estados da região Norte, que apresentam projetos sobre uso de energia
Crianças e adolescentes de quatro estados da Amazônia participam do Torneio Mais de 200 participantes dos estados do Pará, Acre, Amapá e Roraima estão em Ananindeua, município da Região Metropolitana de Belém, para o Torneio Sesi de Robótica First Lego League, que começou nesta quinta-feira (09) e termina na sexta (10). Neste ano, o tema Super Powered é voltado ao desenvolvimento de projetos ligados à energia. As crianças e adolescentes são desafiados a explorar de onde vem a energia e como é distribuída, armazenada e usada.
Alunos de quatro escolas da rede pública estadual - Cordeiro de Farias, Magalhães Barata, Albanízia de Oliveira Lima e Jarbas Passarinho - participam da programação. No ano passado, o Pará foi o único estado da região Norte a estar na etapa nacional do torneio.
O Serviço Social da Indústria (Sesi-PA) é o operador regional desta terceira edição do evento realizada de maneira presencial no Estado. Neste ano, 36 equipes estão inscritas na competição, que desafia estudantes de 09 a 16 anos a buscarem soluções para problemas do dia a dia . Além de estudantes de escolas públicas, participam alunos de escolas privadas e organizações não governamentais (ONGs).
Lucas da Silva representa a Escola Cordeiro de FariasLucas Fonseca da Silva, 16 anos, é aluno do 2º ano da Escola Cordeiro de Farias, e não esconde a empolgação em participar do evento. "Fiquei até nervoso, admito. Mas me sinto muito feliz. É um evento muito alegre. Eu recomendo que mais pessoas venham participar, ver o evento que é o melhor que já vi. Muito importante que o governo siga ajudando as escolas públicas a participar desse tipo de programação. Os professores também incentivam. Se a gente comparar a robótica feita pela escola pública com a que é feita pela escola particular, não temos muito reconhecimento, mas temos muita garra", afirma Lucas.
Thiago Souza, aluno da escola Domingos Acatauassu Nunes, também foi um dos alunos participantes pela equipe Galactech.
Recorde - “Este será o maior Torneio Sesi de Robótica que já realizamos no Pará. Registramos um recorde no número de equipes inscritas e no número de participantes, e teremos equipes de outros três estados participando, o que mostra o quanto nosso evento é um destaque regional. Esperamos proporcionar o melhor ambiente para promover um aprendizado com diversão para os estudantes”, informa Márcia Arguelles, gerente executiva de Educação do Sesi Pará.
Petrônio Medeiros é professor do Núcleo de Tecnologia Educacional da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) e técnico da equipe Pavulagem, composta por estudantes de três das quatro escolas estaduais participantes. O docente explicou que a abordagem do tema é um grande estímulo para os alunos no processo de aprendizagem.
"Hoje, a gente fala muito de escolas conectadas, e estamos falando de um mundo permeado pela informática. Então, é fundamental essa transformação nas escolas públicas, por isso essa nossa preocupação e esse trabalho que a gente vem desenvolvendo há alguns anos, de trazer a robótica, o pensamento computacional, a programação para o cotidiano. Quando a gente utiliza essas ferramentas o estudante se engaja, participa mais do processo de aprendizagem, em descobrir solução para problemas, e assim ele vai desenvolvendo mais confiança", destacou.
Segundo o professor, a equipe Pavulagem, pensando em energias renováveis, tema da programação, desenvolveu uma turbina eólica mais eficiente que as comuns. "Feito por crianças de 15, 16, 13 anos. Isso nem é o futuro, é o contemporâneo, o presente. Por isso desenvolvemos essa metodologia, que depois mandamos para vários eventos, feiras nacionais de Ciência. Isso é iniciação científica, também outro processo educacional que empodera estudantes de idades diferentes e escolas diferentes", complementou Petrônio Medeiros.
Incentivo - Aluno do 2º ano do ensino médio na Escola Estadual Magalhães Barata, Ruan William, 16 anos, também reconhece a importância de participar do torneio. "Oportunidade de representar minha escola, ganhar troféus. Muito bom que as escolas possam incentivar mais gente a estar aqui ", disse o estudante.
Sobre o primeiro dia de evento, o docente do Núcleo de Tecnologia Educacional da Seduc, Rafael Herdy, ressaltou que "eles estão compartilhando conhecimento com o tema da energia elétrica, e apresentando soluções. O sistema desenvolvido pela equipe Pavulagem é 80% mais eficiente que os modelos tradicionais. É uma descoberta deles, que cavaram e chegaram nisso. É motivo de muito orgulho. Eles já são vencedores", garantiu.